terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nossa História

Nossa História

A CMS - Masonic Lodge (Confraria Maçônica Santista) é uma Loja Maçônica Simbólica, regular, legal e legítima,  fundada na cidade de Santos - SP em 21 de maio de 2012, por uma comissão de Mestres Instalados Regulares, quanto às suas Potências de origem (GOB, GLOB e GLOSMAB), liderados pelo Irmão Fernando Figueira, Mestre Instalado e  que, em cumprimento às Constituições de Anderson, aos Antigos Landmarks, e com o intuito de levar a todo o país os conceitos e preceitos da mais pura Maçonaria, deram origem C.M.S - Confraria Maçônica Santista.
A CMS - Confraria Maçônica Santista não se sujeita ao domínio ou controle de qualquer outra Potência Maçônica, nacional ou estrangeira. É o único Poder de onde emanam Leis e Regulamentos para o governo da sua jurisdição. Assim, também, somente ela pode alterar, revogar ou anular essas Leis e Regulamentos, porém, sempre respeitando as Constituições de Anderson, as Antigas Obrigações, os Landmarks e as Leis do Simbolismo.
Cabe aqui, nossa homenagem e gratidão eterna, pétrea e imutável aos irmãos que aceitaram este desafio e promoveram este ideal em
Fundadores:
- MM(I); MRA Irmão Fernando Figueira
- MM(I) Irmão Rodrigo Rivela
- M.M(I) Ulisses Moraes
- M.M Irmão Marcel Sousa
- M.M Irmão Osvaldo Oliveira 
- M.M Irmão Henrique Santos
- M.M Irmão Fernando Senior
- M.M Irmão Alexandre Neves
 
Obreiros:
 
- CM Irmão Marivaldo Dias
- CM Irmão Robson Blanco
- CM Irmão Rodrigo Souza
- CM Irmão Ellias Mattos
- CM Irmão Carlos Tiano
 
- AM Oscar Niel
- AM Fabio Duva
- AM Paulo Monteiro
- AM Jefferson Santos
- AM Sérgio Erbisti
- AM Denilson
 
Nossa homenagem e gratidão eterna, pétrea e imutável aos nossos mentores;  Irmão Porfirio Leão Mulatinho Jorge MM(I); MRA e  Irmão Sérgio Roberto Cavalcante MM(I); MRA; SEM; CT .
 
A C.M.S - Confraria Maçônica Santista, atualmente, trabalha com o
Rito York - Americano ( Estado de Nevada )
Como Tornando-se um maçom?
( Apenas para Santos e Região ).


A CMS MASONIC LODGE, NÃO TRABALHA NO SISTEMA DE FILIAÇÃO BRASILEIRO, QUE É POR CONVITE!

TRABALHAMOS NO PADRÃO NORTE AMERICANO, POR SOLICITAÇÃO DO INTEREÇADO.

Tornando-se um maçom pode ser um dos eventos mais importantes de sua vida. A partir do momento que você se tornar um Irmão, você vai  sentir a aceitação imediata e amor fraternal. Então, onde você começa? 

1. E - mail  cmsmasoniclodgesp.gmailcom  e iremos enviar-lhe um pacote de informação e direciona-lo nessa fase de sua nova jornada.  NOTA: este é o único EMAIL que responderá ao pedido de informações sobre como se tornar um PEDREIRO. EMAILS PARA QUALQUER OUTRO E-MAIL serão apagados.


Qualificações

·         A Maçonaria é aberta a todos os homens de 21 anos de idade ou mais - independentemente de raça, cor, ou religião. Nossas necessidades de associação são muito claras:
·         Você deve ser de bom caráter e boa reputação. Você vai ter que fornecer provas de sua reputação através de referências de pelo menos um Maçom ou três pessoas.
·         Você tem que acreditar em um Ser Supremo e na imortalidade da alma. Independente do credo religioso que professe -  nós encorajamos você a ser firmes na fé de sua escolha.

Os primeiros passos:

 Depois de ter enviado o e-mail  cmsmasoniclodgesp.gmailcom   o próximo passo para iniciar o processo será para preencher uma petição (requerimento) para a adesão, que será fornecido pela CMS MASONIC LODGE. Por favor, não imprima a solicitação, você vai precisar para completar uma petição oficial que lhe será apresentada pela Loja.
O próximo passo é enviar o seu pedido para a CMS MASONIC LODGE, que você quer se juntar a nossa família. A petição será lida em uma reunião de loja e encaminhado a uma comissão (geralmente composto por três membros). Esta Comissão visitará sua residência,  para que sua família possa fazer qualquer pergunta, esclarecendo todas as duvidas possíveis que possa ter.
Após a entrevista, o comitê dará seu parecer a Loja, e uma votação secreta será realizada. Se a votação for favorável, você será notificado por e-mail e deverá fornecer uma série de documentos e certidões, findado o processo de sindicância, será marcada uma data para você iniciar o programa de graduação.

O Processo de Grau

Natureza particular de nossa Fraternidade, por vezes, cria equívocos sobre nossas "cerimônias de iniciação." Tenha certeza de que somos uma instituição moral, cujo princípios são Amizade, moralidade e amor fraternal. Maçonaria nos ensina a praticar a caridade e benevolência, mas não substituir - a religião de qualquer homem. Muito simplesmente, a nossa Fraternidade existe para fazer bons homens melhores.
Nossos três graus são sérios e profundos, nossos ensinamentos educacionais, foram testados pelo tempo. Cada grau tem uma lição primária. A primeira nos ensina o nosso dever para com Deus. O segundo nos ensina o nosso dever para com os nossos vizinhos. E o terceiro grau nos ensina o nosso dever para com nós mesmos.
Para transmitir nossos ensinamentos, nós usamos Rituais, cerimônias, teatros, palestras e acompanhamento às vezes até mesmo musical. Você vai trabalhar em estreita colaboração com um treinador que irá ajudá-lo a aprender um pouco a respeito dos materiais fundamentais no Ritual. Depois de completar o primeiro e segundo graus, a você vai ser dada uma avaliação para certificar que você entendeu o que acabou experimentar.
Após a conclusão do terceiro grau, você vai se tornar um Mestre Maçom, e ser elegível para todos que a Maçonaria tem para lhe oferecer, que inclui:

·         Em todo o mundo fraternal
·         Amizade
·         Ligação fraternal entre irmãos
·         Serviço comunitário significativo
·         Camaradagem com outros homens morais
·         Muito mais
É nossa sincera esperança de que você torne-se um Maçom Livre e Aceito, e compartilhe o sentimento de amizade e amor fraternal que os maçons têm desfrutado desde tempos imemoriais.

Obs: Não admitimos ninguem pela internet, todo o processo será realizado da forma tradicional.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Jacques de Molay


Jacques de Molay (Vitrey-sur-Mance, 1243/1244 ou 1249/1250 - Paris, 18 de março de 1314) foi um nobre e militar, nascido em Vitrey-sur-Mance, à época um vilarejo do Condado da Borgonha, e hoje em dia uma comuna francesa. Pertencia a uma família da pequena nobreza francesa, tendo sido cavaleiro e o último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários.

 Biografia

Nascido em Vitrey-sur-Mance, comuna francesa atualmente localizada no departamento de Haute-Saône, França, embora à época o vilarejo pertencesse ao Condado da Borgonha. Jacques de Molay nasceu no ano de 1244, em uma família da pequena nobreza francesa. Muito pouco se sabe sobre sua infância e adolescência.

Aos seus 21 anos de idade, como muitos filhos da nobreza européia, de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários, organização sancionada pela Igreja Católica Apostólica Romana para proteger e guardar as estradas entre Jerusalém e Acre, sendo a última, à época, um importante porto no mar Mediterrâneo. A Ordem dos Cavaleiros Templários participou das Cruzadas, e conquistou um nome de valor e heroísmo.

Nobres de toda a Europa enviavam seus filhos para serem cavaleiros templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em todo o continente europeu e Oriente Médio.

Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos Cavaleiros Templários, uma posição de poder e prestígio. Assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Thibaud Gaudin, no mesmo ano - 1298.

Como Grão-Mestre, Jacques passou por uma difícil posição pois as cruzadas não estavam atingindo seus objetivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais dos cavaleiros templários e dos hospitalários (outra ordem de cavalaria). Restaram apenas um único grupo do confronto contra os sarracenos.

Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua força. Viajaram para a ilha de Chipre, esperando que o público geral se levantasse em apoio à outra Cruzada.

Em vez de apoio público, como sempre, os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos senhores feudais, muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se pertencer à nobreza. Em 1305, Filipe IV, "o belo", rei de França, resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja católica. O rei era amigo de Jacques de Molay, um de seus filhos era afilhado do mesmo, o delfim Carlos, que mais tarde seria rei de França como Carlos IV. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas ordens formavam uma grande potência econômica. Filipe IV sabia que a Ordem dos Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza.

Sem obter o sucesso desejado, que era a de juntar as duas ordens e se transformar em um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários, tendo chamado um nobre francês de nome Esquin de Floyran. O tal nobre teria como missão denegrir a imagem dos templários e de seu Grão-Mestre Jacques de Molay, e como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los.

O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de um membro feminino da Casa Real Francesa e havia levado consigo poucos cavaleiros. Na madrugada de 13 de outubro, ele e seus homens foram capturados e lançados nas masmorras por um homem de confiança do rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret.

Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do papa Clemente V para condenar os templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção de Filipe.

Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com seus amigos e cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros. Em 18 de março de 1314, foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por de Molay. Desmentiu, então, as mesmas confissões. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte. Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay, outro cavaleiro, Guy d'Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. O rei Filipe IV, o belo, ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. De Molay veio a falecer aos seus 70 anos de idade no dia 18 de março de 1314.

Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França, Filipe IV, o belo. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da guarda e o conselheiro real Guilherme de Nogaret e no dia 27 de novembro de 1314 morreu o rei Filipe IV com seus 46 anos de idade.

Grão-Mestrado

Jacques de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1298, não se sabendo no entanto a data exata da sua eleição. Será eleito em detrimento de outra figura de peso dentro da ordem, Hugues de Pairaud, sobrinho do visitador do templo em França.

No inicio do seu grão-mestrado é conhecido pela sua ação a favor de uma nova cruzada, desenvolvendo uma campanha diplomática na França, Catalunha, Inglaterra, nos estados da península itálica e nos estados pontifícios. Esta campanha visou não só resolver problemas internos que a ordem tinha, como também problemas locais, sendo resolvidas diversas disputas entre a ordem e bispos e também no sentido de pressionar as coroas e a Igreja a uma nova cruzada.

Organiza a partir da ilha de Chipre ataques contra as costas egípcias e síria para enfraquecer os mamelucos, providencia apoio logístico e armado ao Reino Arménio da Cilícia, e chega a intentar uma aliança com o Canato da Pérsia, sem resultados visíveis. Outro assunto que será discutido durante o seu mestrado na ordem será o da fusão entre as duas maiores ordens militares, a do Templo e a do Hospital numa só. A Ordem do Templo com a perda de Acre começava a ser questionada quanto à razão da sua existência. As suas funções de proteger os peregrinos e de defender a Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de Chipre. Jacques de Molay, em maio de 1307, em Poitiers, junto do papa Clemente V conseguira apresentar uma defesa contra esta fusão e ela não se realiza.

A prisão e o processo

Na sexta-feira de 13 de outubro de 1307, os templários no reino da França são presos em massa por ordem de Filipe IV, o belo, então rei de França. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guillaume de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.

Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canônico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.

Jacques de Molay foi sentenciado à morte, em 1314, sendo queimado na Île de la Cité, em Paris.

A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre (DeMolay nunca confessou as acusações como menciona anteriormente), criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação. Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o preceptor da Normandia, Geoffroy de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.

Em 1314 o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será efetuada. Perante a comissão Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão pára o processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.

Marco no lugar da sua execução, na Île de la Cité(em português: Ilha da Cidade), em Paris. Traduzindo para o português o que está escrito: Nesse local, Jacques de Molay, último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado, em 18 de março de 1314. Tal está localizado na Pont-Neuf(em português: Ponte Nova).

Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe IV, o belo, decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada. Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados numa fogueira na Île de la Cité, pouco depois das vésperas, em 18 de março de 1314.

Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo, pois preferiu morrer a entregar seus companheiros ou faltar com seu juramento. E por esse motivo o maçom estadunidense Frank Sherman Land veio a fundar a Ordem DeMolay, usando seu nome como mártir e exemplo a ser seguido.

domingo, 11 de novembro de 2012

Zeus

 

    Zeus (em grego antigo: Ζεύς; transl. Zeús; em grego moderno: Δίας, transl. Días), na religião da Grécia Antiga, era o "pai dos deuses e dos homens" (πατὴρ ἀνδρῶν τε θεῶν τε, patēr andrōn te theōn te), que exercia a autoridade sobre os deuses olímpicos como um pai sobre sua família. É o deus dos céus e do trovão, na mitologia grega. Seu equivalente romano era Júpiter, enquanto seu equivalente etrusco era Tinia; alguns autores estabeleceram seu equivalente hindu como sendo Indra.
    Filho de Cronoe Réia, Zeus é o mais novo de seus irmãos; na maior parte das tradições é casado com Hera, embora, no oráculo de Dodona, sua esposa seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, ele teria gerado Afrodite. É conhecido por suas aventuras eróticas, que frequentemente resultavam em descedentes divinos e heróicos, como Atena, Apoloe Ártemis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu,Héracles, Helena de Tróia, Minos, e as Musas(de Mnemosine); com Hera, teria tido Ares,Hebee Hefesto.
    Como ressaltou o acadêmico alemão em seu livro Religião Grega, "mesmo os deuses que não são filhos naturais de Zeus dirigem-se a ele como Pai, e todos os deuses se põem de pé diante de sua presença." Para os gregos, era o Rei dos Deuses, que supervisionava o universo. Nas palavras do geógrafo antigo Pausânias, "que Zeus é rei nos céus é um dito comum a todos os homens." Na Teogonia, de Hesíodo, Zeus é responsável por delegar a cada um dos deuses suas devidas funções. Nos Hinos Homéricos ele é referido como o "chefe dos deuses".
    Seus símbolos são o raio, a águia, o touroe o carvalho. Além de sua clara herança indo-européia, sua clássica descrição como "ajuntador de nuvens" também deriva certos traços iconográficos das culturas do Antigo Oriente Médio, tais como o cetro. Zeus frequentemente foi representado pelos antigos artistas gregos em duas poses diferentes: numa, em pé, apoiado para a frente, empunhando um raio na altura de sua mão direita, erguida, ou sentado, numa pose majéstica.
    Havia muitas estátuas erguidas em sua honra, das quais a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.
    Etimologia
    Carruagem de Zeus, de Histórias dos Tragedistas Gregos (1879), de Alfred Church.
    Em grego, o nome do deus é Ζεύς, Zeús, AFI: [zdeús] (nominativo : Ζεύς, Zeús;vocativo : Ζεῦ, Zeû;acusativo: Δία, Día;genitivo: Διός, Diós;dativo: Διί, Dií). Na cultura minóica, Zeus não era cultuado pela população geral, mas apenas em pequenos cultosminoritários que o viam como um semideus que acabara sendo morto. Os primeiros registros de seu nome estão no grego micênico, nas formas di-we e di-wo, escritas no silabário Linear B.
    Zeus, referido poeticamentepelo vocativo Zeu pater("Ó, pai Zeus"), é uma continuação de *Di̯ēus, o deus proto-indo-europeudo céu diurno, também chamado de *Dyeus ph2tēr ("Pai Céu"). Este mesmo deus é conhecido por este nome em sânscrito (Dyaus/Dyaus Pita),latim (Júpiter, de Iuppiter, do vocativo proto-indo-europeu*dyeu-ph2tēr), que é derivado da forma básica *dyeu- ("brilhar", e em seus diversos derivados - "céu", "deus").Já na mitologia germânica o paralelo pode ser encontrado em *Tīwaz > alto germânico antigo Ziu, nórdico antigo Týr, enquanto o latim também apresenta as formas deus, dīvus e Dis (uma variação de dīves), do substantivo relacionado *deiwos. Para os gregos e romanos, o deus do céu também era o deus supremo. Zeus é a única divindade do panteão olímpico cujo nome tem uma etimologia tão evidentemente indo-européia.
    Zeus na mitologia
    Zeus, na Villa Getty, entre 1 e 100 d.C., autor desconhecido.
    Nascimento
    Crono teve diversos filhos com Réia: Héstia, Deméter, Hera, Hadese Posídon, porém engoliu-os todos assim que nasceram, após ouvir de Gaia e Urano que ele estava destinado a ser deposto por seu filho, da mesma maneira que ele havia deposto seu próprio pai - um oráculo do qual Réia tomou conhecimento e pôde evitar.
    Quando Zeus estava prestes a nascer, Réia procurou Gaia e concebeu um plano para salvá-lo, para que Crono fosse punido por suas ações contra Urano e seus próprios filhos. Réia deu à luz a Zeus na ilha de Creta, e entregou a Crono uma pedra enrolada em roupas de bebê, que ele prontamente engoliu.
    Infância
    Réia teria escondido Zeus numa caverna no Monte Ida, em Creta. De acordo com as diversas versões da história, ele teria sido criado:
    ·   por Gaia;
    ·   por uma cabra chamada Amaltéia, enquanto um pelotão de Kouretes- "soldados", ou "deuses menores" - dançavam, gritavam e batiam suas lanças contra seus escudos para que Crono não ouvisse o choro do bebê (ver cornucópia);
    ·   por uma ninfa chamada Adamantéia; como Crono era senhor da Terra, dos céus e do mar, ela o escondeu pendurado por uma corda de uma árvore, de modo que ele, não estando nem na terra, nem no céu e nem no mar, teria ficado invisível para seu pai.
    ·   por uma ninfa chamada Cinosura; como agradecimento, Zeus a teria colocado em meio às estrelas.
    ·   foi criado por Melissa, que o amamentou com leite de cabra e mel.
    ·   foi criado por uma família de pastores sob a condição de que suas ovelhas fossem salvas dos lobos.
    Reideuses
    Marnas colossal sentado, retratado ao estilo de Zeus. Período romano. Marnas era a divindade principal de Gaza(Museu Arqueológico de Istambul).
    Após chegar à idade adulta, Zeus forçou Crono a vomitar primeiro a pedra que lhe havia sido dada em seu lugar - em Pito, sob os vales do Parnaso, como um sinal para os mortais: o Ônfalo, "umbigo" - e em seguida seus irmãos, de acordo com a ordem em que haviam sido engolidos. Em algumas versões, Métis deu a Crono um emético para forçá-lo a vomitar os bebês, enquanto noutra o próprio Zeus teria aberto com um corte a barriga de Crono. Em seguida Zeus libertou os irmãos de Crono, os Gigantes, os Hecatônquiros e os Ciclopes, que estavam aprisionados num calabouço no Tártaro, após matar Campe, o monstro que os vigiava.
    Para mostrar seu agradecimento, os Ciclopes lhe presentearam com o trovão e o raio, que haviam sido escondidos anteriormente por Gaia. Zeus então, juntamente com seus irmãos e irmãs, os Gigantes, Hecatônquiros e Ciclopes, depuseram Crono e os outros Titãs, durante a batalha conhecida como Titanomaquia. Os Titãs, após serem derrotados, foram despachados para o Tártaro, enquanto um deles, Atlas, foi condenado a segurar permanentemente o céu.
    Após a batalha contra os Titãs, Zeus dividiu o mundo com seus irmãos mais velhos, Posídon e Hades: Zeus ficou com o céu e o ar, Posídon com as águas e Hades com o mundo dos mortos (o mundo inferior). A antiga Terra, Gaia, não podia ser dividida, e portanto ficou para todos os três, de acordo com suas habilidades - o que explica porque Posídon era o "sacudidor da terra" (o deus dos terremotos), e Hades ficava com os humanos que morreram (ver Pentos).
    Gaia, no entanto, não aprovou a maneira com que Zeus tratou os Titãs, seus filhos; logo após assumir o trono como rei dos deuses, Zeus teve de combater outros filhos de Gaia: o monstro Tífon e a Équidna. Zeus derrotou Tífon, aprisionando-o sob o Monte Etna, porém poupou a vida de Équidna e seus filhos.
    Zeus e Hera
    Ver artigo principal: Hera
    Zeus era irmão e consorte de Hera. Com ela teve três filhos: Ares,Hebee Hefesto, embora alguns relatos afirmem que Hera teria tido-os sozinha. Algumas versões também descrevem Ilitiae Éris como filhas do casal. As conquistas amorosas de Zeus, no entanto, entre ninfas e as mitológicas progenitoras mortais das dinastias helênicassão célebres. A mitografia olímpica lhe credita com uniões com Leto,Deméter, Dione e Maia. Entre as mortais com quem ele teria se relacionado estavam Sêmele, Io, Europa e Leda.
    Diversos mitos mencionam o sofrimento de Hera com ociúme gerado por estas conquistas amorosas, e a descrevem como uma inimiga consistente das amantes de Zeus e de seus filhos. Por algum tempo uma ninfa chamada Eco foi encarregada de distrair Hera falando incessantemente, afastando assim sua atenção dos casos amorosos de seu marido; quando Hera descobriu o estratagema, condenou Eco a repetir permanentemente as palavras de outras pessoas.
    Os gregos alegavam tanto que as Moiras eram filhas de Zeus e da titã Têmis quanto de seres primordiais como o Caos, Nix ou Ananque.
    As Cárites/Graças eram consideradas filhas de Zeus e Eurínome, porém também foram citadas como filhas de Dioniso e Afrodite, ou de Hélios e da náiade Egle
    Alguns relatos contam que Ares, Hebe e Hefesto teriam nascido partenogeneticamente.
    De acordo com uma versão, Atena teria nascido por meio de partenogênese.
    Helena seria filha de Leda ou Nêmesis.
    Títulos e epítetos
    Cabeça colossal de mármore de Zeus, de autoria romana, século II d.C. (Museu Britânico)
    Zeus desempenhava um papel dominante, presidindo sobre o panteão olímpico da Grécia Antiga. Foi pai de muitos heróis, e fazia parte de diversos cultos locais. Embora o "ajuntador de nuvens" homérico fosse um deus do céu e do trovão, como seus equivalentes orientais, também era o supremo artefato cultural; de certa maneira, era a encarnação das crenças religiosas gregas, e o arquétipo da divindade grega.
    Além dos epítetos locais, que simplesmente designavam que a divindade havia feito algo em determinado lugar, os epítetos ou títulos aplicados a Zeus enfatizavam diferentes aspectos de sua ampla autoridade:
    ·   Zeus Olímpio, enfatizava a realeza de Zeus e seu domínio sobre os deuses, bem como sua presença específica no Festival Pan-Helênico de Olímpia.
    ·   Zeus Pan-Helênio ("Zeus de todos os Helenos"), a quem o célebre templo de Éaco em Egina foi dedicado.
    ·   Zeus Xênio, Filóxeno ou Hóspites: Zeus que era o padroeiro da hospitalidade e dos convidados, pronto para vingar qualquer mal cometido a um estrangeiro.
    ·   Zeus Órquio: Zeus protetor dos juramentos. Mentirosos que haviam sido expostos eram forçados a dedicar uma estátua a Zeus, muitas vezes no santuário de Olímpia.
    ·   Zeus Agoreu: Zeus que cuidava dos negócios na ágora e punia os comerciantes desonestos
    ·   Zeus Egíoco: Zeus que portava a égide, com a qual ele infundia o terror nos ímpios e em seus inimigos. Outros autores derivaram este epíteto de αἴξ ("cabra") e οχή, interpretando-o como uma alusão à lenda segundo a qual Zeus teria sido amamentado por Amalteia.
    Entre outros nomes e epítetos dados a Zeus estão:
    ·   Zeus Meilíquio (Meilichios, "facilmente acessível"): Zeus assimiltou um daimon ctônico arcaico, propiciado em Atenas, Meilíquio.
    ·   Zeus Taleu (Zeus Tallaios, "Zeus solar"): o Zeus que era cultuado em Creta.
    ·   Zeus Labraindo (Labrandos): venerado na Cária, seu local de culto era em Labrandos, e era representado empunhando um machado de ponta dupla (labrys). Estava associado ao deus hurrita do céu e da tempestade, Teshub.
    ·   Zeus Naio (Naos) e Zeus Buleio (Bouleus): formas de Zeus cultuadas em Dodona, o oráculo mais antigo. Alguns autores acreditam que os nomes de seus sacerdotes, os selos, teriam dado origem ao nome de helenos, dado ao povo grego desde a Antiguidade.
    ·   Zeus Cásio: o Zeus do Monte Cásio, na Síria.
    ·   Zeus Itômio ou Itomeu (Ithomatas): o Zeus do Monte Itome, na Messênia.
    ·   Zeus Astrápeo (Astrapios, "relampejante")
    ·   Zeus Brôntio, Brôncio ou Bronteu ("trovejante")
    Cultos
    Cultos pan-helênicos
    O principal centro de culto de Zeus, para onde todos os gregos se dirigiam quando queriam prestar homenagem ao seu principal deus, era Olímpia. A cada quatro anos realizava-se um festival, cujo ponto máximo eram os célebres Jogos Olímpicos. Havia na cidade um altar a Zeus, feito não de pedramas sim de cinzas, obtidas a partir dos restos de sacrifícios animaisrealizados ali ao longo de séculos.
    Fora dos santuários que se encontravam nas principais pólis, não havia uma maneira específica de culto a Zeus partilhada por todo o mundo grego; a maior parte dos títulos listados abaixo, por exemplo, podiam ser encontrados em inúmeros templos gregos da Ásia Menor à Sicília. Certos rituais eram igualmente comuns: o sacrifício de um animal de cor branca sobre um altar elevado, por exemplo.
    Zeus Velcano
    Com apenas uma exceção, os gregos eram unânimes em reconhecer o local de nascimento de Zeus como sendo a ilha de Creta. A cultura minóica contribuiu com diversos aspectos essenciais da religião grega antiga: "através de cem canais a antiga civilização se esvaziou na nova", observou o historiador americano Will Durant, e o Zeus cretense manteve suas feições jovens originais. Velcano (Velchanos), versão helenizada do nome minóico do filho local de uma deusa-mãe, "uma divindade pequena e inferior que assumiu os papéis de filho e consorte", foi adotado como um epíteto para Zeus, cujo culto espalhou-se para diversos outros locais.
    Em Creta, Zeus era venerado em diversas cavernas (em Cnossos, Ida e Palecastro). Durante o período helenístico um pequeno santuário dedicado a Zeus Velcano foi fundado nas proximidades da cidade moderna de Aghia Triada, sobre as ruínas de um antigo palácio minóico. Moedas do período originárias de Festo mostram a forma com a qual o deus era cultuado: um jovem sentado entre os galhos de uma árvore, com um galosobre seus joelhos. Noutras moedas cretenses Velcano foi representado na forma de uma águia, e era associado com uma deusa que celebrava um casamento místico. Inscrições em Gortina e Lito registraram um festival referido como Velcânia (Velchania), o que mostra quanto seu culto ainda era difundido na Creta helenística.
    As histórias de Minose Epimênides sugerem que estas cavernas haviam sido usadas anteriormente para adivinhações incubatóriaspor reis e sacerdotes. A ambientação dramática da peça Leis, de Platão, se passa ao longo de uma rota de peregrinação a um destes sítios, enfatizando o conhecimento cretense arcaico. Na arte da ilha, Zeus era representado como um jovem de cabelos longos, e não como, no resto da Grécia, um adulto maduro; a ele eram entoados hinos que o descreviam como ho megas kouros, "o grande jovem". Estatuetas de marfim do "Garoto Divino" foram desenterradas nas proximidades do Labirinto de Cnossos, por Arthur Evans. Juntamente com os curetes (kouretes), um grupo de dançarinos extáticos armados, ele presidia sobre os rituais secretos e rigorosos de treinamento atlético-militar da paideia cretense
    O mito da morte do Zeus cretense, encontrado em diversos sítios montanhosos, porém mencionado apenas numa fonte comparativamente tardia - Calímaco - juntamente com a afirmação do gramático Antonino Liberal de que um fogo se acendia anualmente na caverna onde o jovem havia nascido e que ele havia compartilhado com um mítico enxame de abelhas, sugere que Velcano teria sido uma divindade anual associada à vegetação. O autor helenístico Evêmero aparentemente teria proposto uma teoria segundo a qual Zeus teria sido um grande rei de Creta, e que, postumamente, sua glória teria o transformado aos poucos numa divindade. As obras de Evêmero não sobreviveram aos dias de hoje, porém foram mencionadas por autores cristãos posteriores.
    Zeus Liceu
    Ver também: Liceias
    Cabeça de Zeus, com uma coroa de louros, num stater de ouro. Lâmpsaco, c. 360-340 a.C. (Cabinet des Médailles).
    O epíteto Zeus Liceu (Zeus Lykaios, "Zeus-lobo") era atribuído a Zeus apenas quando associado ao festival arcaico das Liceias, na localidade de Liceia, nas encostas do Monte Liceu, o pico mais alto da Arcádia. Zeus tinha uma associação apenas formalcom os rituais e mitos deste rito de passagem que envolviam a ameaça antiga de canibalismo e a possibilidade de uma transformação em licantropo para os efebosque dele participavam. Nas proximidades da antiga pilha de cinzas sobre a qual eram efetuados os sacrifícios, se encontrava um recinto proibido no qual, supostamente, nenhuma sombrajamais era projetada.
    De acordo com Platão, um clã específico se reuniria na montanha para fazer um sacrifício a Zeus Liceu, a cada nove anos, e uma pequena quantidade de entranhas humanas era acrescentada às entranhas do animal sacrificado; aquele que consumisse o pedaço de carne humana supostamente se transformaria num lobo, e voltaria à forma humana apenas se não voltasse a consumir carne humana até o fim do próximo ciclo de nove anos. Haviam jogosassociados com o festival das Liceias, que foram interrompidos no século IV a.C. com a urbanização da Arcádia (Megalópole); lá, o principal templo era dedicado a Zeus Liceu.
    Apolo também tinha uma antiga forma lupina, Apolo Liceu (Apollo Lycaeus), venerado em Atenas no Liceu (Lykeion), célebre por ser um dos locais frequentados por Aristóteles, onde ele costumava lecionar.
    Outros cultos
    Embora a etimologia indique que Zeus era originalmente um deus celestial, diversas cidades gregas prestavam homenagem a uma versão local de Zeus, que vivia sob a terra. Os atenienses e sicilianos cultuavam Zeus Melíquio (Zeus Meilichios, "bondoso" ou "melífluo"), enquanto outras cidades tinhamZeus Ctônio (Zeus Chthonios, "terreno"),Zeus Catactônio (Zeus Katachthonios, "sob a terra") e Zeus Plúteo (Zeus Plousios, "trazedor de riquezas"). Estas divindades podiam ser representadas nas artes plásticas na forma de serpentes, ou em forma humana, ou até mesmo como ambas, na mesma imagem. Também recebiam oferendas da carne de animais negros sacrificados em poços no solo, da mesma forma como era feito para divindades ctônicas, como Perséfone e Deméter, ou como as homenagens dedicadas aos heróis em suas sepulturas - enquanto os deuses olímpicos costumavam receber vítimas brancas, sacrificadas em altares elevados.
    Em alguns casos, as cidades não determinavam com precisão se o daimona quem eles estavam dedicando o sacrifício era um herói ou um Zeus subterrâneo; assim, o santuário de Lebadeia, na Beócia, pertencia tanto ao herói Trofônio quanto ao Zeus Trofônio (Zeus Trophonius, "aquele que nutre"), de acordo com a versão apresentada por Pausânias ou Estrabão. O herói Anfiarau era cultuado como Zeus Anfiarau (Zeus Amphiaraus), em Oropo, nos arredores de Tebas, e os espartanos tinham até mesmo um santuáriio dedicado a Zeus Agamenon.
    Cultos não-pan-helênicos
    Além dos títulos e conceitos pan-helênicos mencionados acima, diversos cultos locais mantinham suas próprias ideias idiossincráticas sobre o rei dos deuses e homens. Com o epíteto de Zeus Etneu (Zeus Aetnaeus), era venerado no Monte Etna, onde existia uma estátua sua, e era realizado um festival chamado de Etnéia em sua homenagem. Outros exemplos é o Zeus Ênio ou Enésio (Zeus Aeneiusou Aenesius), forma com a qual era venerado na ilha de Cefalônia, onde existia um templo dedicado a si no Monte Eno.
    Oráculos
    Molde em terracota do 'Júpiter Amon' (Jupiter Ammon), com chifres de carneiro. Século I d.C., Museo Barracco, Roma.
    Embora a maior parte dos oráculos fossem dedicados a Apolo, a herois, ou a diversas deusas, como Têmis, alguns oráculos foram dedicados a Zeus.
    Oráculo de Dodona
    O culto a Zeus em Dodona, no Épiro, onde existem evidências de atividades religiosas desde o segundo milênio a.C., estava centrado num carvalho sagrado. Quando a Odisseia foi composta (por volta de 750 a.C.), a adivinhação era feita ali por sacerdotes descalços, conhecidos como selos(selloi), que observavam o movimento e os ruídos feitos pelas folhas e galhos da árvore com o vento. Quando Heródoto escreveu sobre Dodona, séculos depois, sacerdotisas chamadas de pelêiades ("pombas") haviam substituído os antigos sacerdotes.
    A consorte de Zeus em Dodona não era Hera, porém sim a deusa Dione - cujo nome é uma forma feminina de "Zeus". Seu status como uma das titãs indica que ela pode ter sido uma divindade pré-helênica mais poderosa, e talvez a ocupante original daquele oráculo.
    Oráculo de Siwa
    O oráculo de Amonno Oásis de Siwa, situado na região do Deserto Ocidental, no Egito, não se encontrava dentro dos confins do mundo grego antes da época de Alexandre, o Grande, porém já pairava sobre o imaginário grego durante o período arcaico; Heródoto menciona consultas com o oráculo de Zeus Amon em seus relatos das Guerras Persas. Zeus Amon era especialmente cultuado em Esparta, onde existia um templo dedicado a ele na época da Guerra do Peloponeso.
    Após a viagem de Alexandre ao deserto, para consultar-se com o oráculo em Siwa, este passou a figurar no imaginário helenístico, especialmente com a figura da sibila líbica
    Zeus e deuses estrangeiros
    Zeus foi identificado com o deus romano Júpiter, e associado no imaginário sincrético clássico (ver interpretatio graeca) com diversas outras divindades, tais como o egípcio Amone o etrusco Tinia. Juntamente com Dioniso, absorveu o papel do principal deus frígio Sabázio. O governante sírioAntíoco Epifânio IV ergueu uma estátua de Zeus Olímpio no templo judaico em Jerusalém; os judeus helenizados referiam-se a esta estátua como Baal Shamen ("Senhor do Céu").
    Alguns mitólogos comparativos modernos também o alinharam com a divindade hindu Indra.
    Zeus na filosofia
    No neoplatonismo, a figura de Zeus familiar à mitologia grega é associada ao Demiurgo, ou Mente (nous) Divina. Especificamente dentro da obra de Plotino, Enéadas, e na Teologia Platônica, de Proclo.
    Na cultura moderna
    Reconstrução da Estátua de Zeus, de Fídias, num desenho de Maarten van Heemskerck.
    Representações de Zeus na forma de um touro, a forma que ele assumiu quando estuprou Europa, podem ser vistas na moeda grega de dois euros e na carta de identidade britânica. Mary Beard, professora de Estudos Clássicos na Universidade de Cambridge, criticou o fato, descrevendo-o como uma "aparente celebração do estupro."
    No cinema e na televisão, Zeus foi interpretado por diversos atores:
    ·   Axel Ringvall, em Jupiter på jorden, primeira adaptação conhecida do personagem para o cinema;
    ·   Niall MacGinnis, na minissérie Jason and the Argonauts, e Angus MacFadyen, na refilmagem de 2000;
    ·   Laurence Olivier, no filme Clash of the Titans (Fúria de Titãs, no Brasil), e Liam Neeson em sua refilmagem de 2010, bem como na sequência, Wrath of the Titans;
    ·   Anthony Quinn, na série de televisão Hercules: The Legendary Journeys, da década de 1990;
    ·   Rip Torn, na animação Hercules.