domingo, 10 de outubro de 2010

DEUSAS ROMANAS


DEUSA AFRODITE / VÊNUS

Afrodite é a Deusa das pombas, dos cisnes, das rosas, das maçãs e de todas as coisas graciosas e criativas. Você está passando por algum trauma momentâneo? Ou você não se considera bonita o bastante? Pois Afrodite chega em nossas vidas para nos ensinar a dança do amor. Nos fará recuperar o respeito próprio e aprenderemos a nos aceitar como realmente somos. Toda a mulher que deseja buscar a consciência perdida de Afrodite precisa começar a amar e acalentar o seu corpo, tal como ele é. E, os homens também, precisam parar de comparar toda a mulher com um retrato interior imaginário e inatingível que trazem dentro de si.
O primeiro passo para explorar este domínio perdido é através da dança. Dance em sua casa ou saia para dançar, este é um dos melhores remédios para nos aceitarmos e nos conhecermos melhor. Quando estamos em harmonia com nosso corpo um grande milagre se opera: começamos a sentir verdadeiramente. Há uma espécie de derretimento de defesas interiores e uma abertura se concretiza, liberando uma sensibilidade à disposições e atmosferas mais sutis.


DEUSA ARADIA

Aradia de Toscano, nasceu em 13 de agosto de 1313 em Volterra, Itália. Aradia era filha de Deusa Lunar Diana, sendo responsável pela perpetuação de seu culto. Alguns historiadores dizem que seu pai poderia ter sido Apolo, Lucifer ou Dianus.

Ela viveu entre os escravos que conseguiram escapar das garras dos senhores, nos montes de Alban e florestas perto do lago Nemi, na Itália. Aradia ensinou-lhes a Antiga Religião e pregava o amor pela liberdade. Além disso, trouxe esperança para os camponeses que eram explorados pela classe mais rica. Aumentou-lhes a auto-estima, deu-lhes o devido valor e ensinou-lhes a terem respeito por si próprios. Aradia colocou-os em harmonia com a natureza através de seus ritos sazonais e rituais da Lua Cheia.


DEUSA CERES / DEMETER

Na Grécia antiga, Deméter era responsável por todas as formas de reprodução da vida, mas principalmente da vida vegetal, o que lhe rendeu o título de "Senhora das Plantas", "A Verde", "A que atrai o fruto" e "A que atri as estações". As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Acreditava-se que pisar na terra descalço aumentava a comunicação entre os humanos e a Deusa.


DEUSA CIBELE

Cibele era a Deusa dos mortos, da fertilidade, da vida selvagem, da agricultura e da Caçada Mística. Sua conexão com as Deusas gregas é clara, pois Ártemis, a grande Deusa da natureza selvagem, era um de seus nomes, e Afrodite, no hino homérico, também vai ao monte Ida de numerosos mananciais seguida de animais selvagens.

Para os gregos, Deméter era a criadora do tempo e a responsável por sua medição em todas as formas. Seus sacerdotes eram conhecidos como Filhos da Lua.

Era ainda, representada como uma mulher madura, com grandes seios, coroada com espigas de trigo, vestida com flores e folhas e carregando várias chaves. Os romanos decoravam suas estátuas com rosas. O culto de Cibeles tornou-se tão popular que o senado romano, a despeito de sua política permanente de tolerância religiosa, se vira obrigado, em defesa do próprio Estado, a por cabo à observância dos rituais da Deusa-Mãe.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ritual e Magia

Tanto o Ritual como a Magia, ao longo do tempo, sempre estiveram ligados à Religião, à crença e a devoção.
E, por isso, todas as religiões praticam Magia e têm seu Própio Ritual, e assim poder-se-ia mensionar que:
No Catolicismo é utilizada a Missa, Prossição, Água Benta, Incenso, Hóstia, Batizado e Cerimônias Diversas, além até de origem Pagã, como o uso de Rosário, Velas, Ídolos, Vestimentas, e etc.

No protestanismo são utilizadas as Bênçãos como a Magia de emissão de Fluidos Vibratórios, Exorcismo, Batismo, Rituais, Cânticos equivalentes aos Mantras dos Hindus, Benzimentos com a Bíblia ou as mãos sobre enfermos produzindo curas Magnéticas ou sugestivas, e até transes Mediúnicos nos quais se dizem tomados pelo Espírito Santo.

No Kardecismo são utilizadas a Água Fluída como uma espécie de Magia, Passes Espirituais e Magnéticos outro tipo de Magia, Desobsessões, Curas, Choques Anímicos, Incorporações, Materializações, Efeitos Físicos, e uma série de mediunidades, verdadeiros Rituais que no passado faziam partes das Ciências Ocultas, tendo até sido enquadrados como Bruxaria na Idade Média, na qual Feiticeiros e Médius foram atirados às fogueiras da Inquisão.
Assim sendo, o Cristianismo não deveria odiar a Magia, já que dela também se vale em seus Rituais, e se desconhece que tenha Jesus condenado a Magia e a Ritualistica.
Pelo contrário, quando de seu nascimento foi homenageado pelos Três Reis Magos - Gaspar, Baltazar e Belchior, que dirigidos por uma Estrela Guia - o Ternário e o Signo do Macrocosmo, receberam Ouro, Incenso e Mirra, outro Ternário Misterioso.
Na realidade, por conta da ignorância humana que sempre teme o desconhecido, e tudo o que se encontra fora da realidade concreta e palpável, só pode ser exprimido e difundido através do Simbolismo.
O Simbolismo é a Grande Chave:
Dos ensinamentos de Ordem Superior das Religiões, das Fraternidades Ocultas, e dos Sistemas Metafísicos, e mais uma vez repete-se a tendência racionalista do homem moderno, que costuma ignorar o Caráter dos Simbolos, sendo que nenhum Sistema Esotérico sobreviveria sem um correspondente Sistema Simbólico para seus Ensinamentos, cuja finalidade última seria:
A Investigação da Origem do Mundo e do Homem, e a Busca da Verdade e da Realidade das Coisas.
Ou seja, todos os componentes simbólicos de todas as culturas do Mundo, como:
A Palavra, o Canto, a dança, as Roupas, os Incensos, etc.
Que visam a aproximação da Criatura com o Criador, por meio de seus Rituais Mágicos.
Sob o ponto de vista esotérico e Oculto:
O Símbolo é a afirmação discreta da Verdade Revelada, e o Símbolismo é uma das formas de transmissão de Conhecimentos, concluindo, poder-se-ia afirmar que:
As Cerimônias Ocultistas são Rituais Magicos que empregam palavras, sinais e movimentos símbolicos de incrível significação esotérica, e perpetuadas através dos séculos com suas raizes Sumérias, Acadias, Babilonicas, Egípcias ou, como querem alguns Atlantes. Elas invocam Forças externas da Natureza, Entidads Espirituais e Manipulam Energias Poderosas, mas, sobretudo, Buscam Despertar o Eu Superior de seus Operadores - O Mago.
As Reuniãos de Milhares de Irmãos em Seus Templos e Circulos Mágicos, movidos pelos mesmos ideais Superiores, no mesmo horário, guardads as devidas diferenças de fusos, sob o memo simbolismo de seus Templos ou Circulos, movimentam uma Força Energética Extraordinária com reflexos permanentes sobre o Cosmos, e assim, conclusivamente:
Cada Templo ou Circulo é uma Usina Energética de Poder incalculável que, unido á integrante de todos Templos e Circulos Mágicos do Globo, inrradiam uma Força a se refletir nos destinos da raça humana e do Planeta Terra.
Não se pode negar que a Ritualistica Ocultista, ou seja, a aperacionalização Litúrgica de seus Ritos, é uma excepcional Cerimônia Mágica que engrandece o Templo Interior para:
A Glória, Louvor e Exaltação do poder e da Verdade Absolutas, ou seja da Grande Deusa e do Grande Deus - Criadores do Universo.
Já que o homem é o Sal da terra, e à Sua Imagem e Semelhança é a Luz do Mundo.
Finalmente, valeria lembrar que:
A Força dos Deuses que atuam interiormente em cada ser, se constitui em seu maior bem, que ajudará a manter a Chama Interior Saúdavel e Forte, evitando que Beleza e Amor sejam extintos do Planeta, e ainda que:
Caso se viva a vida de maneira sagrada e atenta, cada momento converte-se-á numa Cerimônia Mágica, num Ritual, que celebra a ligação com os Senhores da Criação, e com todas as coisas vivas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Paganismo ou Arte das Bruxas



Paganismo ou Arte das Bruxas

A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da Língua Portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca. É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria. Para os bruxos atuais, contudo, a bruxaria é o culto à deusa e ao deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking).

Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços, seja ele bruxo ou não, e feitiço, o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade. A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou "energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir, englobando a feitiçaria e muitas outras formas de ação sobre o plano físico.

A bruxaria tradicional e a bruxaria moderna

Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de bruxaria tradicional e da moderna. A bruxaria tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A bruxaria moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a bruxaria tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da bruxaria moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na bruxaria tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental. Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.

Dois Princípios Básicos na Bruxaria

A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.

* O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.

* A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.

Paganismo Ibérica

Paganismo Ibérica

A denominada bruxaria ibérica é um ramo da bruxaria tradicional cujas origens estão vinculadas aos antigos povos da península Ibérica.
Remontando à pré-história, conforme ocorre também com outros ramos da bruxaria tradicional, os praticantes da bruxaria na península Ibérica absorveram, durante a antigüidade, elementos de diversas culturas e povos que agregaram harmonicamente a suas próprias práticas e crenças.
Posteriormente, em função da intolerância religiosa, em particular após a Reconquista, tiveram de se ocultar, o que dificultou sobremaneira a troca de informações entre membros de coventículos distintos, resultando na redução de adeptos a poucas famílias e levando à decadência do cabedal de informações do qual dispunham antes da ascensão do cristianismo.
Como em outros ramos da bruxaria tradicional, os adeptos da Tradição Ibérica preferem manter o anonimato e não comungam com o uso do nome da magia para a exaltação de egos, como temos observado desde o surgimento da Wicca (que não deve ser confundida com bruxaria tradicional).

Paganismo Ancestral



Paganismo Ancestral

Bruxaria Ancestral é a tradição bruxa que venera Deuses Ancestrais, ou seja, Deuses anteriores ao surgimento das religiões, e cujo culto precede o surgimento da atual civilização. A única instituição viva que segue e professa a Bruxaria Ancestral é a Ordem Sagrada de Bennu, e o único Casal Sagrado de seu panteão que divulgam a não membros é Kher-Nun (representado com chifres semelhantes aos de um cervo) e Hator, que não é sinônimo da antiga Deusa egípcia Hathor, muito embora seja subsidiariamente representada da mesma forma.
Achados paleoarqueológicos como as estátuas da Vênus de Willendorf, Vênus de Lespugue, Vênus de Laussel e outras do gênero, como a antiquíssima Vênus de Tan-Tan são indícios da existência de cultos a uma só Deusa Mãe durante a Era Glacial Würm III (até aproximadamente 10.500 A.E.C. - Antes da Era Comum). Tais cultos seriam remanescentes de uma religião global anterior a todas as surgidas durante esta civilização (6.500 A.E.C. até os dias atuais). Seja esta religião ancestral atávica e inerente ao ser humano ou tradicional, passada de geração em geração, ela é a base da Bruxaria Ancestral.
Muito embora a maioria das tradições bruxas, sobretudo as modernas, pareçam se basear na bruxaria medieval, há menção de práticas e crenças bruxas em documentos cujos originais são anteriores à Idade Média, dentre eles diversos épicos gregos, contos árabes, papiros egípcios, sagas celtas e escandinavas e o Antigo Testamento cristão. As Deusas Κίρκη (Circe) dos gregos, Ceridwen dos Celtas e ocasionalmente a Ísis dos Egípcios, por exemplo, eram tidas como Feiticeiras. Estas práticas e cultos referidos por estes povos seriam remanescentes de práticas e crenças da Bruxaria Ancestral anteriores à Era Glacial Würm III.
É fundamental não confundir Bruxaria Ancestral com Bruxaria Familiar, que se refere às tradições bruxas passadas por linhagem de sangue, ou seja, de pai para filho (geralmente de mãe para filha). Ao contrário disso, a Bruxaria Ancestral é passada por linhagem bruxa pela via iniciática, ou seja, de mestre para peregrino, não havendo necessidade de sangue bruxo.

Stregheria Italiana

(Stregheria)

Stregheria é um termo moderno, um neologismo, utilizado por alguns autores neo-pagãos como um sinônimo para a palavra italiana Stregoneria, que significa Bruxaria.
Para algumas pessoas, a Bruxaria Italiana é tida como a "Velha Religião" (Vecchia Religione, em italiano), culto neopagão italiano com origens nos velhos mistérios Egeu-Mediterrâneos. A stregheria é uma religião iniciática imposta por diversos clãs, na maioria hereditários e extremamente herméticos.
Já para outras, a Stregoneria é simplesmente a prática de bruxaria de influências italianas, desvinculada de religião, já que para Bruxaria Tradicional a mesma não é considerada uma 'Religião' per se, mas sim um Ofício, uma prática de feitiçaria independente da religiosidade.

Cultos

O Culto das Streghe Neo-Pagãs centra-se na figura da Deusa Diana e seu irmão e Consorte Dianus Lucifero. Mas este Culto, deve-se deixar claro, é aquele mantido por praticantes modernos, e não correspondem a Bruxaria Italiana como um todo. Deve-se dizer ainda, como demonstrativo da variedade de práticas e pensamentos ligados a 'Stregoneria' que há muitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Santos Católicos, enquanto há outros grupos e praticantes que se focam na figura do Diabo e demônios menores. Portanto, não é possível generalizar a 'Stregoneria' como uma prática única, ou como um único Culto.
Quando feito dentro de famílias ou em grupos de práticas, os rituais da Bruxaria Italiana também buscam a cura, a fertilidade e a prevenção ou quebra do mal olhado, também conhecido como malocchio ou jetattura, bem como o amaldiçoamento de seus inimigos e feitiçaria para diversos fins, sejam benéficos ou maléficos.
Dentro das tradições das streghe ocorrem também ritos solares, obedecendo tanto às estações do ano, quanto à ciclos de plantio e colheitas nas diferentes regiões da Itália.

Segredos e práticas

Os streghe ou bruxos se reunem às noites de lua, dependendo de seu crescente ou declínio, e nos dias de sol intenso. À lua cheia são revelados os mistérios da tradição, enquanto os rituais solares são voltados para a adoração e a iluminação, e ainda o contato com a natureza, tão importante pra nós. Os elementos têm muita importância para os streghe, e uma das práticas secretas é a Arte das Transmutações, em que se utiliza o magnetismo do olhar para impregnar pessoas e coisas, como os benzedeiros chamam de "Luz nos Olhos" ou "Olhar de Fogo", para os bruxos. O Brilho do olhar pode ser usado para o bem ou mal, mas a maioria dos streghe utilizam o fogo (para libertaçao) e a água (para purificação), visualizando o corpo em questão cheio destes elementos. A stregaria também mantém contato com espíritos familiares, elementais, anjos e devas, etc., mas tudo com objetivos definidos, sejam materiais ou de desenvolvimento espiritual. Muitas tradições que se voltaram para o cristianismo mantiveram o simbolismo strega pelas gerações, e hoje constituem alguns dos principais grupos mantenedores da stregaria no Brasil. Apesar de misturada e muitas vezes enraizada no Cristianismo esotérico e no hermetismo, a stregaria mantém suas antigas tradições e rituais mediterrâneos, que morrem com os membros, mas cedo ou tarde retornam na família, através de sonhos, inspirações e até mesmo uma curiosidade.

Stregheria revelada

A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Streghe (Bruxas em Italiano).
A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana e Dianus Lucifero. Alguns praticantes, no entanto, mantém seu culto firmado em algumas deidades, criando com elas uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Diana e Dianus, embora, indubitavelmente eles sejam os mais cultuados.
As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, que os romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial e geográfica que os privilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos e tradições trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos, tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.
Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e na cultura judaico-cristã, pois com a conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharam esse caráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre os praticantes recém-convertidos. Estes são atualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias e rezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.
Animulare, Tanarra, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimas para "streghe" em diversos dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas na verdade são apenas palavras de diversos dialetos.

Clãs e tradições de Stregheria

A Stregheria contém em si várias ramificações que são chamadas de Clãs ou Tradições. Um Clã é formado por um conjunto de regras, liturgias, mitos e práticas em comum, onde os Stregoni e Streghe estão ligados entre si pela linhagem.
Outros grupos ainda, não tem um nome específico porque se desenvolvem em regiões, como resultado das vilas daqueles locais, ou em famílias. Nem sempre as famílias abrem ou mesmo assumem suas práticas mágicas, religiosas ou espirituais, por isso são muito pouco conhecidas.

Hipótese do culto bruxo

Culto bruxo é o termo usado para uma hipotética religião pagã pré-cristã da Europa, que sobreviveu até pelo menos o início da era moderna. A teoria de sua existência foi postulada por alguns estudiosos do século XIX e XX com base na teoria de que a bruxaria europeia que tinham sido perseguida durante a caça às bruxas foi parte de uma conspiração satânica para subverter o Cristianismo, e a maioria dos fatos e provas para a teoria foram elaborados através de estudos das contas dos perseguidores na caça às bruxas no início da Europa moderna. No século XX, a teoria deu origem à religião neopagã de Gardnerianismo, com suas diversas vertentes e tradições resumidas sob o termo Wicca.

A teoria foi lançada por autores românticos de livre-pensamento, tais como Karl Ernst Jarcke e Michelet Jules no século XIX, mas recebeu sua exposição mais proeminente com o livro de Margaret Murray de 1921, The Witch-Cult in Western Europe, e suas contribuições para a Encyclopædia Britannica. Os estudiosos têm criticado a teoria e o consenso geral é que nunca existiu o culto das bruxas, sendo algo inteiramente pseudohistórico. Um pequeno número de estudiosos, tais como Carlo Ginzburg, discutem versões modificadas da teoria, como a que limita algumas práticas religiosas não-cristãs sobreviventes no início da era moderna e que contribuem para os estereótipos da bruxaria.

Gerald Gardner alegou que ele havia descoberto o New Forest coven, um grupo que ainda praticava a religião, que ele chamou de Witchcraft (Feitiçaria em português), em seu livro de 1954, Witchcraft Today, uma alegação que foi aprovada por Murray. Do mesmo modo, Sybil Leek, Robert Cochrane, Charles Cardell, Rosaleen Norton e Alex Sanders também fizeram reivindicações de terem sido membros de uma linhagem familiar de adeptos do culto às bruxas. Alguns Wiccanos contemporâneos, desde então, distanciaram-se da teoria.

Bibliografia

* Leland, Charles G., Aradia o evangelho das Bruxas
* Ginzburg, Carlo, Os Andarilhos do Bem
* Grimassi, Raven, Italian WItchcraft

Neopaganismo

Neopaganismo

Neopaganismo é o termo que descreve um grupo de religiões contemporâneas bastante heterogêneo. Este uso tem sido comum desde o renascimento neopagão na década de 1970, e agora é usado por acadêmicos e adeptos tanto para identificar novos movimentos religiosos que enfatizam o panteísmo e a veneração da natureza, e/ou que procuram reviver ou reconstruir os aspectos históricos do politeísmo. Cada vez mais, escritores eruditos preferem o termo "paganismo contemporâneo" para cobrir todos os novos movimentos religiosos politeístas, um uso favorecido pela publicação The Pomegranate: The International Journal of Pagan Studies.
O termo "neopagão" proporciona um meio de distinguir entre pagãos históricos de culturas politeístas antigas e/ou tradicionais e os adeptos de movimentos religiosos modernamente constituídos. A categoria das religiões conhecidas como "neopagãs" inclui desde abordagens sincréticas ou ecléticas como a Wicca, o Neo-Druidismo, o Dianismo e o Neo-xamanismo a abordagens mais ligadas a tradições culturais específicas, como as muitas variedades de reconstrucionismo politeísta (Helênico, Nórdico, etc). Nesse sentido, alguns reconstrucionistas rejeitam o termo "neopagão", porque pretendem criar uma abordagem historicamente orientada para além do neopaganismo mais eclético e geral.
A maior parte das religiões neopagãs são tentativas de reconstrução, ressurgimento ou - mais comumente - adaptação de antigas religiões pagãs, principalmente as da antigüidade pré-cristã européia, mas não restritas a estas, sem perder de vista as experiências e as necessidades apresentadas pelo mundo contemporâneo. Alguns neopagãos enfatizam sua conexão com formas antigas do paganismo, em uma forma de continuidade histórica marginal (à margem da religião que se auto-afirmava como única verdade no Ocidente, a cristã).
O neopaganismo é um termo referente às diversas formas de religiosidade que têm como lugar comum o encontro com o divino através da natureza.
Suas práticas envolvem a magia natural e a magia cerimonial, como também a busca da evolução através das terapias holísticas atuais.

Dianismo

Dianismo

O Dianismo é uma vertente do neopaganismo onde a Deusa é cultuada com exclusividade ou predominância. Geralmente pode ser dividido em duas sub-categorias: Dianismo feminista - mais historicamente inserido e inspirado pela segunda e terceira onda do feminismo - particularmente por sua repercussão no campo religioso - com participação reservada às mulheres e culto dedicado exclusivamente à Deusa ou, Dianismo misto - mais historicamente inserido no movimento neopagão - particularmente a Wicca - com a participação de homens e mulheres e a veneração da Deusa e do Deus, com predominância do culto à Deusa em sua ritualística.

Dianismo Feminista

São exemplos de Tradições mais marcadamente feministas, com atuação política nessa área assim como na área do meio-ambiente e do pacifismo, as Tradições Diânicas que surgem do ramo fundado por Zsuzsanna Budapest, no início dos anos 70, centradas nas mulheres e na Terra. Essas Tradições - ou Tradição, como também é chamada - dedicam seus ritos especificamente às mulheres, pois são focadas no compartilhar e na vivência do sagrado feminino pelas mulheres na sociedade contemporânea e nos "mistérios da mulher" ou "mistérios do sangue" (nascer mulher, menarca, gerar, menopausa, morrer mulher, etc). As Tradições diânicas feministas raramente trabalham com o conceito de polaridade, dedicando-se especificamente à veneração da Deusa - encarada como toda a Natureza, completa em si mesma - e de suas várias Faces. Por estas características, muitas vezes não são consideradas Tradições wiccanas, quer por suas próprias praticantes, quer por outros pagãos. Segundo Z. Budapest, não é necessário linhagem ligada a ela ou sacerdotisa iniciada por ela para ser parte desta Tradição. Qualquer mulher que venere o sagrado feminino e adote os princípios da Tradição diânica feminista é diânica femista. De fato, o movimento se expandiu para muito além dos grupos formados por Z.Budapest e a maior parte das diânicas feministas, hoje em dia, não possuem qualquer vínculo formal com a espiritualista e, muitas vezes, escolhem a auto-iniciação como forma de empoderamento.

Ao contrário de crença comumente difundida em alguns meios neopagãos, as diânicas feministas não são separatistas. Seu objetivo não é separar as mulheres dos homens, criar uma "sociedade só de mulheres" ou fomentar uma "guerra entre os gêneros", mas criar um mundo melhor a partir do oferecimento de oportunidades, rituais e ambientes em que as mulheres possam redescobrir sua própria sacralidade e assim interagir de forma mais plena na sociedade em que vivem, superando as dificuldades impostas pelo patriarcado. Não negam a existência do sagrado masculino, tampouco ignoram a necessidade de direitos iguais entre homens e mulheres. Muito pelo contrário, elas defendem uma organização menos hierárquica ou não hierárquica das sociedades, em que diferenças como sexo, cor, idade, orientação sexual, etc, não sejam razão para discriminação ou opressão. De modo geral, organizam-se em covens, grupos ou círculos de mulheres. Tais organizações são mais informais do que aquelas apresentadas na maior parte das Tradições wiccanas e um de seus principais objetivos é serem pontos de encontro em que as mulheres podem compartilhar suas experiências de vida e religiosidade livremente.
Embora os rituais e celebrações das Tradições diânicas feministas sejam reservados especificamente às mulheres, as diânicas feministas podem participar de outras Tradições pagãs, inclusive Tradições que cultuam o sagrado masculino. Muitas delas também desenvolvem práticas ecléticas pessoais ou em grupo para celebrar a a com homens, como filhos, pais, companheiros, irmãos e amigos. A Tradição Diânica conforme fundada por Z. Budapest tem uma Tradição irmã, reservada a homens - a Tradição dos Kouretes.

O PAGANISMO

Uma introdução pela Federação Pagã

Quem agora conhece a antiga linguagem da Lua? Quem agora fala com a Deusa ?... Só as pedras agora se recordam do que a Lua nos disse há muito tempo, e o que nós aprendemos com as arvores, e as vozes das ervas e dos cheiros das flores...

(Tony Kelly, "Pagan Musings" 1970)



Em todas as Eras tem havido mulheres e homens cujas almas têm sido profundamente tocadas pela Natureza, pessoas para as quais as Estrelas falam do seu gracioso silêncio, para as quais a Lua não é só um corpo celeste, para as quais as plantas e os densos bosques são como as catedrais da alma. Pessoas que amam e respeitam a Natureza, tirando partido dela sem a destruir, pessoas que acreditam que homens e mulheres têm os mesmos direitos e se respeitam. Estes são os Pagãos.

Paganismo é uma forma de vida e é uma religião que tem as suas raízes na pureza da infinita variedade da Natureza, venerando a Divindade Feminina e o seu sagrado Masculino em todos seus aspectos. Um ser humano não se concebe só por um ser, é preciso o lado feminino e o masculino para a criação, ninguém nasce do nada, por isso quem nasce com o sentido Pagão nasce amando naturalmente a Deusa e o Deus seu consorte.

Os Pagãos respeitam todas as pessoas e todas as formas de vida como parte de um Todo sagrado. Cada mulher e cada homem é para um Pagão, um lindo e único ser. As crianças são amadas e honradas. Os bosques, as florestas e as clareiras são o lar dos animais selvagens e das aves, que são tratadas com respeito e carinho.

O Paganismo acentua a experiência religiosa pessoal. Nós procuramos a união espiritual com a Divindade através da harmonização com as correntes da Natureza e pela exploração do nosso próprio interior. Os nossos Ritos ajudam-nos a harmonizar com os ciclos naturais das mudanças das estações e a compreende-los, por isso ocorrem nos Equinócios, Solstícios e nos Pináculos, e nas fases da Lua e do Sol.

Podem-se encontrar uma grande variedade de Tradições dentro do nosso largo espectro e isto reflecte a variedade da nossa experiência espiritual. Todo o Pagão é Politeísta por natureza; alguns veneram Deuses e Deusas, enquanto que outros concentram-se numa Força Vital, e outros ainda são devotos de um casal cósmico - Deusa e Deus.

Nós celebramos nossas Divindades, e acreditamos que cada pessoa deve encontrar o seu lar espiritual de acordo com os ditames da tranquila voz interior da sua própria alma. Também por esta razão nós respeitamos todas as religiões sinceras, e não profetizamos nem procuramos convertidos.

Das outras fés e da sociedade em geral, nós só pedimos tolerância.

Copyright cedido pela Pagan Federation - London , G.B.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Deusas celtas, soberanas da terra e da guerra

DEUSA FOTLA, Deusa das Divisões das Terras.
“A morte nasce conosco e conosco caminha por todos os instantes da vida, mesmo que tentemos ignorá-la”. John O’Donoghue, escritor irlandês.

Do grande tronco indo-europeu faziam parte os vários povos celtas estabelecidos em diferentes lugares do continente europeu. Considerados pelos romanos como bárbaros valentes, jamais formaram um império pois lhes faltava uma liderança única, as diversas tribos sempre guerreando entre si. Apesar da sua diversidade étnica, entre os séculos VIII e V a.C. houve uma cristalização da cultura celta com a uniformização dos sepultamentos (os mortos passaram a ser enterrados com armas e pertences e não mais cremados), a construção de fortificações com paliçadas e melhor elaboração dos conceitos e costumes sobre vida e morte. A sociedade celta era dividida em clãs e os laços familiares eram muito valorizados. As mulheres celtas se assemelhavam aos homens não apenas pela sua estatura e altivez, mas também com respeito à coragem e participação ativa nas batalhas, conforme comprovam centenas de relatos de mulheres poderosas e rainhas deificadas como Boudicca e Maeve.

Os celtas respeitavam profundamente a Natureza, honrando a Terra e suas criaturas como elos sagrados na teia da criação e na magia da vida. Esta reverência e o culto de inúmeras divindades ligadas às forças da natureza mantiveram-se intactos mesmo depois da romanização das terras celtas e do sincretismo com os deuses romanos. Porém, a erradicação e perseguição agressiva e opressiva da religião pagã aconteceram com a chegada do cristianismo, que conseguiu impor seus dogmas e proibições apesar da resistência dos druidas e do povo, principalmente o irlandês. Para erradicar a religião pagã e suas tradições os monges cristãos começaram a registrar lendas, mitos, crenças e costumes com as devidas correções e inevitáveis distorções, introduzindo elementos e conceitos cristãos. Mesmo assim, uma boa parte do legado ancestral foi preservada e o substrato original pode ser distinguido se usarmos um “filtro” corretor, olhando além das incongruências conceituais e sobreposições cristãs.

Um dos conceitos celtas mais difíceis de compreender e aceitar - pela nossa cultura cristã e a mentalidade atual - é a associação dos arquétipos sagrados femininos com a guerra. Para transpormos barreiras conceituais devemos conhecer o princípio celta da soberania da terra, sempre representado por uma Deusa Mãe com características protetoras e defensoras. A vida e a sobrevivência dependiam da terra e por isso ela devia ser preservada e protegida, pois desrespeitar a terra e a soberania de um povo significava ofender e ameaçar a própria natureza criadora da vida. A soberania – o verdadeiro poder de quem governava e conduzia os destinos de um povo – pertencia a um arquétipo feminino, a própria Deusa da Terra, com a qual o rei ou governante devia se casar simbolicamente para garantir a prosperidade e paz. O casamento do rei com a Deusa da terra representava as condições indispensáveis para que a soberania se manifestasse: respeito, igualdade, confiança, parceria e solidariedade. A representante da Deusa soberana era uma sacerdotisa ou rainha imbuída de poderes especiais, que até mesmo podia ser divinizada, como se conclui das lendas de Macha, Maeve e Boudicca. Nos mitos aparece de forma metafórica o alerta sobre as conseqüências da opressão, violência e exploração da natureza e da mulher com os inerentes desequilíbrios, a falta de prosperidade e do convívio pacífico.

Em várias lendas, Macha (pronuncia-se Maha) é descrita como uma típica deusa celta tendo um caráter ambíguo: ora generosa e gentil, ora terrível e implacável guerreira.Ela - assim como Maeve – é uma divindade ctônica, ligada às dádivas da terra e à sua necessária defesa e proteção. Maeve (ou Medb) representava o espírito feminino arcaico, existente em cada mulher e que é expresso em grau maior ou menor como comportamento instintivo, impulsivo, corajoso, combativo, sedutor e fértil. Outras fontes citam Macha como sendo uma das faces de Morrighan, a formidável deusa tríplice da guerra, morte e sexualidade (o meio natural para garantir a fertilidade). As faces de Morrighan chamadas de Morrigna eram conhecidas como: Nemain, o frenesi combativo que infundia o terror nos inimigos, Morrighan, a “Grande Rainha” que planejava o ataque e incitava o heroísmo e a valentia dos combatentes, Macha ou Badb, o corvo que se alimentava dos cadáveres dos mortos em combate e que era associada aos sangrentos troféus da batalha (as cabeças decapitadas dos inimigos, consideradas “sua colheita”). Esta triplicidade também era conhecida com os nomes de Banba, Fotla, Eriu, as ancestrais padroeiras da Irlanda.

A natureza das deusas celtas é multifuncional e com complexos significados, mesclando elementos ancestrais dos pacíficos povos pré-celtas (maternidade, fertilidade) com os dos combativos celtas, onde prevaleciam atributos de guerra, morte e sexo, acrescidos de soberania.Várias divindades representam uma paradoxal união de extremos: amor e guerra, guerra e fertilidade, guerra e soberania. Não existe uma deusa do amor no panteão celta, as deidades - deusas e deuses- simbolizam as forças da natureza e a eterna roda da vida/ morte/renascimento, início/ fim/recomeço, em que os opostos se seguem em círculos evolutivos e tem o mesmo peso.

Na filosofia celta não existia vida sem morte, nem paz sem guerra. Cada ser traz em si estes elementos e pela sua percepção vemos a necessidade do seu equilíbrio, que pode ser desestabilizado pela supervalorização de uma característica em detrimento de outra. Nosso desenvolvimento espiritual depende da compreensão e harmonização de todos os elementos que fazem parte do nosso ser. Somente conhecendo a face escura e selvagem e “domando-a”, poderemos tomar consciência da nossa divina complexidade, conhecendo assim a verdadeira e completa natureza. É possível unir as qualidades maternais e femininas com os aspectos guerreiros, os dons da arte, magia e sedução.

Em muitas referências míticas, iconográficas e literárias vê-se a forte ligação entre as deusas da guerra e a presença de mulheres nas batalhas. Indo além das interpretações tendenciosas romanas e as difamações cristãs, percebemos esta ligação como uma associação simbólica entre guerra e ritual. Para os celtas a caça era uma atividade que envolvia rituais para assegurar o sucesso, da mesma forma como as mulheres celtas vestidas de preto, com os braços elevados e proferindo maldições contra os conquistadores romanos tinham um forte componente ritualístico.As sacerdotisas que atuavam nos campos de batalha usavam encantamentos para atrair poderes sobrenaturais e direcioná-las contra os inimigos, fortalecendo seus companheiros para não recuar perante o inimigo. Os historiadores romanos descreveram as mulheres celtas como bruxas ferozes e ameaçadores, altas, robustas, com pele alva e olhos azuis e longos cabelos ruivos, sacudindo os punhos com raiva e gritando maldições. Em outras situações, as mulheres ficavam com seus filhos na retaguarda e incentivavam seus homens com gritos e orações para que lutassem melhor e não desistissem.

Das inúmeras mulheres guerreiras, sacerdotisas e rainhas poderosas sobressaem-se duas famosas rainhas: Cartimandua, dirigente dos Brigantes, sacerdotisa da deusa Brigantia e Boudicca governante dos Iceni, que se tornou famosa por venerar a deusa Andraste ou Andarta, a deusa da guerra citada por várias fontes. O nome Boudicca ou Boadiceia se origina na palavra celta bouda que significa vitória. A sua história é repleta de atos de coragem nas batalhas e crueldade com as prisioneiras, que eram empaladas vivas e mutiladas como oferendas sangrentas para a deusa Andraste e uma vingança pelo estupro das suas filhas e a conquista da terra pelos romanos. Existe um forte elo entre Boudicca e Andraste, podendo serem vistas como aspectos de uma mesma entidade, uma residindo no mundo sobrenatural e a outra sendo uma valente dirigente e cruel guerreira humana, ao mesmo tempo servindo como sacerdotisa da deusa da guerra.

Andraste ou Andred cujo nome significa ”A Invencível’ era uma deusa irlandesa equiparada com Andarte cultuada na Gália e com características semelhantes à Morrighan, sendo evocada na véspera das batalhas para garantir a vitória.Os romanos diminuíram seu status para uma deusa lunar (por ser a lebre seu totem) e a associaram ao amor e fertilidade. No entanto, o arquétipo original de Andraste é de uma deusa escura e ceifadora, invocada apenas nos momentos de extrema necessidade, pois ela exigia sacrifícios de sangue humano, considerado o mais potente substrato mágico.Ela controlava os fios da vida de cada ser humano, do nascimento até a morte, pois a morte era parte inevitável da vida. O seu lado sombrio (da anciã) era amenizado pelos seus atributos de deusa lunar, regente do amor e da fertilidade (como mãe criadora da vida) e regente da caça (na sua face de donzela).

O aparente paradoxo entre os aspectos e naturezas das deusas celtas reflete a profunda compreensão do processo de dar/receber, nascer/morrer, começo/fim. Muitas deusas aparecem como figuras promíscuas e destrutivas, mas elas personificavam aspectos da natureza, como a fertilidade e a soberania da terra, que tinham que ser defendidas a qualquer preço para assegurar a sobrevivência dos descendentes. A criação e a destruição são processos interdependentes, existe uma ausência de vida na escuridão da terra que recebe os mortos, mas também é a terra escura que abriga e promove o desabrochar das sementes, que renascem - assim como os mortos nela enterrados - para uma Nova Vida.


Por. Mirella Faur

DEUSA ERUI

ERUI, é a mais antiga Deusa da Terra que representa a Irlanda é uma Rainha dos Tuatha De Danann. Como Deusa Solar, ela segura a taça dourada cheia de vinho tinto para os sucessivos reis da Irlanda. Isso significa sua união e a fertilidade do país. Uma mulher bonita e transmutadora de forma, ela pode modelar guerreiros a partir de torrões de terra. O nome poético para Irlanda, Erin, significa "a terra de Erui". Também era a Deusa que vigiava o Jardim Ocidental da Maçã da Imortalidade.

DEUSA MAEVE

Das figuras femininas da Irlanda, Maeve é a mais espetacular. Ela era a deusa soberana da Terra com seu centro místico em Tara. Com o passar do tempo a cultura irlandesa mudou sob a influência cristã e então, Maeve foi reduzida a uma mera rainha mortal. Mas nenhuma mortal poderia ter sido como ela, "intoxicante", uma mulher "embriagante", sedutora, que corria com os cavalos, conversava com os pássaros e levava os homens ao ardor de desejo com um mero olhar.

Maeve, segundo a lenda, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, uma mulher muito bela e forte, dotada de uma mente brilhante, estrategista hábil, talhada para enfrentar todo o tipo de batalhas. Era muito segura de sua feminilidade e sexualidade. Diziam que possuía um apetite sexual voraz, mas é um erro vê-la como inconveniente e lasciva que utilizava a satisfação sexual com a finalidade de ganho egoístico. Ela ofertava aos seus consortes uma taça de vinho vermelho como seu sangue. O vinho de Meave representava o sangue menstrual que era considerado como "o vinho da sabedoria das mulheres".

DEUSA MODRON


Modron (Grande Deusa Mãe) é uma Deusa céltica similar a Deusa grega Deméter. Etimologicamente, Modron é a "Matrona", cujo nome (Modr em galês) é o do rio Marne (rio da França), igual ao nome genérico de todas as Deusas Mãe que se observava nas estátuas da época galo-romana.

A tradição galesa fala, algumas vezes que Modron é mãe dos gêmeos Owein e Morvud, outras vezes fala de um filho único. Esse filho único não deixa de ser misterioso, pois trata-se de Mabon.

Mabon é o Deus Sol celta da profecia e está ainda, associado à caça selvagem ou à caça ritual. Igual a Deusa Perséfone, foi roubado de sua mãe com três dias de idade. Sua saga é contada na narração galesa "Kulhwch y Olwen", cuja origem é muito antiga.

Modron é também muito citada nos textos mitológicos galeses. Uma Tríada referida a "três portas benditas da Ilha da Bretanha" cita a "Owein, Morvud, e Modron. Morvud, que algumas vezes aparece como irmã de Modron, é, segundo outra Tríada, uma das mulheres mais amadas pelo rei Arthur. No entanto, sua amante é Kynon ab Klydno.



Ela é ainda, neta do Deus Belenus e filha do rei de Avalon, Avallach, onde mora com suas irmãs e cuida da terra. Associada à soberania da terra, é feiticeira e curadora, e protege as nascentes sagradas, fontes, artesãos e artistas. Seus símbolos mágicos são as crianças, as flores e frutas, e ela incorpora a força da vida e a fertilidade, bem como a maternidade e as energias criativas da natureza.

A indicação de Modron, filha de Avallach, que é o nome galês de Avalon, nos conduz estranhamente à Morgana, rainha e sacerdotisa da ilha de Avalon: não podemos nos esquecer que, segundo "Vita Merlini", Morgana conhece a arte de trocar de aspecto de seu rosto e voar através dos ares, coisa que a Deusa Modron também é capaz de fazer.

Tanto Morgana quanto Modron, têm a capacidade de transformar-se em pássaros e sempre estão acompanhadas de suas irmãs, que podem tomar o mesmo aspecto que elas. Aqui fica a dúvida se Morgana e Modron sejam o mesmo personagem.

DEUSA MORGANA

Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressurreição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna.

DEUSA CERRIDWEN

Para os galeses, Cerridwen é uma Deusa Tríplice (donzela, mãe e mulher idosa), cujo animal totêmico é uma grande porca branca. Ela é a mãe que conserva todos os poderes da sabedoria e do conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos, pois o mesmo poder que leva as almas para a morte, traz a vida. De seu ventre parte toda a vida e a vida provém da morte. Do interior de seu caldeirão emanam porções, com as quais Cerridwen comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para auxiliar seus adoradores.

Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa do caos e da paz, da harmonia e da desarmonia.
Deusa da lua, dos grãos, da natureza.

DEUSA DANA


Segundo uma lenda, Dana nasceu em uma Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.

Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança maetrial, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.

DEUSA FLIDIAS

Flidias é a Deusa celta da Sensualidade e Senhora das Florestas. Ele reúne os atributos da deusa Àrtemis com a sensualidade de Afrodite. A combinação é perfeita!
Como Senhora das Florestas, ela cuida de todas as coisas silvestres e indomáveis da natureza e está associada ao Homem Verde. Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosques e árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, le é a tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore.

Mas Flidais também está associada aos animais, em especial ao gado e muitas vezes surge conduzindo uma carruagem puxada por oito cervos e chamava todos os animais da floresta de "seu gado". As acepções simbólicas do cervo (gamo) são numerosas, sendo a mais notável, a que o associa a Árvore do Mundo. Por seus chifres longos, que se renovam periodicamente, é comparado à Árvore da Vida. Assim, simboliza a fecundidade (à qual o ardor sexual não é estranho) e os ritmos do crescimento e renascimento. Um dos símbolos desta deusa é a corça, que está intimamente ligada com o feminino. Na mitologia grega ela era consagrada a Ártemis, que a caçava ou a usava para puxar sua quadriga. A beleza da corça vem do brilho extraordinário de seus olhos e este olhar é comparado muitas vezes ao de uma jovem. Além de sua graça e beleza, a corça simboliza a virgindade e pureza. Flidias tinha como símbolos também, a grama verde, as árvores e as nascentes das terras das florestas.

Flidais era descrita como uma mulher altiva, forte e muito bela que apresentava cabelos dourados. O dourado não apenas define seu esplendor, mas também faz a consciência despertar. O domínio do consciente em Flidais não é espiritual e sim terreno, uma exaltação da mais alta pureza, que reluz como ouro. A deusa exemplifica os aspectos da natureza feminina que se manifestam na matéria. Beleza física, consciência integrada no corpo e capacidade de conectar emoções profundamente sentidas com relacionamentos. Todos estes atributos, como já dissemos, provém da associação de Flidias com as deusas Àrtemis e Afrodite.

DEUSA CAILLEACH

Cailleach é a Anciã ancestral da Escócia, também conhecida como a Carline ou Mag-Moullach, representado o aspecto de velha da Deusa no ciclo anual. Esta ligada às trevas e ao frio do inverno e assumiu a direção no ciclo das estações em Samhaim, a véspera de primeiro de novembro. Ela portava um bastão negro do inverno e castigava a terra com frias forças contrativas que ressecavam a vegetação. Com a aproximação do fim do inverno, ela passava o bastão do poder para Brigith, em cujas mãos ele se tornava branco que estimulava a germinação das sementes plantadas na terra negra. As forças expansivas da natureza começavam então a se manifestar.

Por vezes, essas duas deusas eram retratadas em batalha pelo controle da natureza: dizia-se até que Cailleach aprisionava Brigith sob as montanhas no inverno. Mas o melhor modo de vê-las é como duas facetas de uma deusa tríplice das estações: a Velha Cailleach do Inverno, a Donzela Brigith da Primavera e a Deusa-Mãe do viço do Verão.

DEUSA BRIGITH ( BRIGID ou BRIGHID)


Brigith, é uma entidade fortemente vinculada com a inspiração e a criatividade, tanto que na tradição Britânica dos Druidas foi assimilada como a "Deusa dos Bardos", por ser a "musa" que inspirava àqueles grandes sacerdotes similares aos Brahamanes da Índia. Atualmente se diz que Brigith é o veículo e guardiã do "Awen", o sopro de seu pai (Dagda), ou a "consciência da inspiração", um estado muito variado de magnitude e cujos mistérios mais profundos parecem indicar um estado elevadíssimo de consciência, parecido ao ao Shamadi ou transe Yóguico.

"AWEN" é a força mental que inspira à criatividade.

Brigith também foi uma Deusa muito vinculada à curas (com ervas) e lhe eram atribuídos mágicos conhecimentos das propriedades curativas das plantas. Como conhecedora desses mistérios é uma Divindade vinculada à Bruxaria, já que as bruxas sempre foram, na antiguidade, mulheres de avançada idade que possuíam um vasto conhecimento sobre as propriedades naturais e intrínsecas das plantas para todo o tipo de uso medicinal.

A Deusa era ainda uma grande guerreira que afugentava as tropas inimigas de qualquer exército quando era invocada, e também, infundia valor ao exército que apadrinhava. Brigith apareci freqüentemente de maneira imensa e feroz lançando gritos de raiva frente aos exércitos que pretendia afugentar. Desse mesmo modo, os Celtas antes das batalhas lançavam gritos selvagens e ininteligíveis com o único propósito de amedrontar à seus adversários.

DEUSA BRANWEN


Brandwen é a Deusa galesa do amor e da beleza, similar a nossa tão conhecida Afrodite. É considerada a Vênus dos mares do norte. Ela é uma das três matriarcas da Grã-Bretanha, junto com Rhiannon e Arianrhod e a principal deusa de Avalon. Em algumas lendas arturianas, Branwen é considerada a Dama do Lago.



Também chamada de "seios brancos" ou "vaca prateada"está associada à Lua e à Noite. Foi cristianizada como Santa Brynwyn e é a Padroeira dos Namorados. Seus atributos mágicos são a inspiração, as novas idéias, a energia, a vitalidade e a liberdade. Na tradição Avalônica, Branwen corresponde ao espírito dos Elementais e é a incorporação da Terra.

BLODEUWEDD

Bloudeuwedd é a Deusa das Flores, da terra, da sabedoria, dos mistérios lunares e iniciações. Seu nome significa "Face de Flor" ou "Flor branca"

Esta Deusa está associada à madrugada e ao May Queen.

A fase da lua que representa Blodeuwedd é a Lua Escura, época de total introspecção. O vento frio carrega seu nome e suas cores são o branco e o preto.

Na Roda do Ano, Blodeuwedd associa-se as festividades de Samhaim. Em sua honra, deve-se nesta noite, acender tochas, escrever seus pedidos para o novo ano que se inicia e queimá-los nelas.

Blodeuwedd foi criada por Math e Gwydion, a partir da florescência de nove flores, portanto quando lhe fazemos uma oferenda esta deve conter 9 elementos, que podem ser: batatas, nabos, pimenta, sal, leite, cenouras, alho-porro, ervilha e milho.

domingo, 5 de setembro de 2010

DEUSA BANBA


BANBA, é a Deusa irlandesa da Terra, representando a terra sagrada. Ela é a esposa de MacCruill e acredita-se que seja a primeira colonizadora da Irlanda. Um dos nomes da Irlanda é "A ilha de Banba das mulheres". É ainda uma Deusa da guerra e da fertilidade.

DEUSA ETAIN

Etain é a Deusa da graça, beleza e soberania. Heroína de um antigo mito, é um exemplo de reencarnação, renascida com a mesma identidade do seu "eu" original. Está associada com o Outro Mundo, uma portadora de éguas brancas, com olhos azuis e flores de maça

Ela, em sua primeira vida foi a segunda esposa de Midhir, um Deus Gaélico do Mundo Inferior. Midhir era o filho de Dagda e Boann, irmão de Angus, O Vermelho, Ogma e Bridgit. Era um "bard", ou seja, um jogador de xadrez que gostava de jogar com apostas altas. Rei das Terras Encantadas de Bri Leith, possuía três vacas, um caldeirão mágico e as "Três Garças da Negação e Rudeza". As três garças ficavam ao lado da porta de Midhir, e quando alguém viesse pedir abrigo, a primeira dizia:

-"Não venha! Não venha!".

Então a segunda garça dizia:

-"Vá embora! Vá embora!".

A terceira acrescentaria:

-"Passe ao largo da casa! Passe ao largo da casa!".

Etain é uma Deusa Celta, cujo nome significa "A Brilhante". De acordo com os mitos era extremamente linda e, por causa desse excesso de beleza foi punida e teve que passar por muitas transformações, pois era uma ameaça para as outras mulheres. Foi expulsa de Tir Nan Og (A Terra da Juventude) na forma de uma borboleta e em uma terra distante, começa uma nova vida com uma outra forma, agora no tempo linear mortal.. No entanto, nunca perdeu sua beleza ou deixou de "brilhar".

DEUSA ARIANRHOD

Arianrhod é a guardiã da "Roda de Prata", ou "Disco de Prata", que é uma roda de prata com oito raios que representam a roda das estrelas. "Arian" significa "prata" e "rhod" significa roda ou disco.

Considerada uma Deusa do Amor e da Sabedoria, ela representa os elementos Ar e Água. É igualmente Deusa da reencarnação, do tempo cósmico, do carma, da Lua Cheia dos namorados e a Grande Mãe Frutuosa. Essa Deusa era filha de Don, a Deusa-Mãe gaulesa (equivalente a Dana irlandesa) e portanto, irmã de Gwydion, Gobannon e Amaethon. Gwydion é um Deus da bondade, das artes, da eloqüência e magia, um mestre da ilusão e da fantasia, um auxiliar da espécie humana, um príncipe dos poderes do ar, que como mago, pode transmutar de forma.

Na tradição celta, essa Deusa se apresentava de dupla forma, como Virgem e Mãe, Padroeira da Lua, da Noite, da Sexualidade, da Justiça, da Magia e do Destino. Mais tarde, é apresentada como uma Deusa-Mãe, girando a Roda de Prata e transformando-a em uma barca lunar.

É importante lembrar que cada aspecto da Deusa representa um aspecto que você pode reconhecer dentro de si mesma.

DEUSA ANDRASTE

Andraste é uma Deusa guerreira da Vitória, dos Céus e das Batalhas, semelhante a Morrigan. Seu nome significa "Invencível" e quando invocada em meio a uma guerra, será uma ajuda que pode significar a vitória.


Os britânicos têm santuários dedicados à Deusa Andraste em um bosque sagrado, como nas florestas da ilha Mona (Anglessey). Ela está associada a lebre.

Muito pouco se sabe sobre a Deusa guerreira Andraste da tribo de Iceni, que aceitava sacrifícios de lebres e de seres humanos. Isto porque, Andraste representava um lado sombrio, que em épocas de extremas emergências era solicitado seu auxílio mediante sacrifício com sangue, a magia mais poderosa de todas.
Nesse aspecto, essa Deusa seria tida como Deusa Crone, o lado obscuro da Lua, àquela para que todos retornam. E é mesmo verdade, pois a morte é uma conseqüência da guerra.

Mas, este lado escuro da Deusa já é mais moderado quando ela se apresenta como Deusa Mãe, sendo associada com a fertilidade e o amor, criar e carregar a vida.

É possível também ver outro de seus apectos, o de seu lado jovem, como sendo uma Deusa da Caça, similar a Atena.

Como uma Deusa lunar tríplice (Donzela-Máe-Crone), certamente, Andraste foi venerada.

Deusa Airmd

Airmid é a Deusa da Cura dos celtas. É filha de Daincecht, avô de Lugh, e possuía quatro irmãos: Miach, Cian, Cethe e Cu.

Lugh foi o guerreiro que tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia e libertou o rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Formori, os demônios da noite que tinham um só olho. Nuada perdeu sua mão direita durante um combate e, para que pudesse continuar a ser rei, ele precisava estar inteiro, então, o médico Dianchecht construiu uma maravilhosa prótese de prata, o que rendeu a Nuada o apelido de "Mão de Prata".

A estória da Deusa Airmid inicia-se quando faz uma visita ao castelo do rei Nuada.

Conta-se que os portões do castelo do rei Nuada era guardado por um homem que não tinha um dos olhos e trazia escondido em sua capa um gato. Quando Airmid e seu irmão Miach, em visita ao castelo, apresentaram-se como curandeiros, o tal homem pediu-lhes para reconstituir o olho perdido. Os deusemédicos concordaram e transplantaram o olho do gato para o espaço do olho vazio do porteiro. Entretanto, não tinham como mudar as características do olho do animal. Sendo assim, a noite ele ficava aberto em busca de caça e durante o dia fechava-se exausto. Mas o porteiro ficou muito feliz por ter novamente os dois olhos.


DEUSA AINE

Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.

Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero.


Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, ela é a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.

FADAS MOURAS

As Mouras são seres fantásticos femininos que moram em pequenos lagos, rios, poços, covas, minas, ruínas, monumentos megalíticos, quase sempre embaixo da terra. Elas podem ser consideradas uma versão da Lady do Lago da época Arturiana. Só diferem da últimas, por poderem tomar a forma de serpentes.

A crença dessas mulheres encantadas, divindades da água, fiandeiras, construtoras de monumentos e guardiãs de tesouros, se perdem no tempo, justamente pelo fascínio que despertam.

As Mouras sempre estão associadas à água e sua existência já era conhecida muito antes das invasões árabes, sendo consideradas as herdeiras das tradições culturais greco-latinas.

As Mouras estão associadas ainda, às Moiras gregas, que eram divindades que presidiam ao nascimento e depois ao casamento e à morte. Eram as "fiandeiras da vida e da morte". Uma segura o fuso e puxa o fio da vida (o cordão prateado); a segunda enrola-o, registrando o "filme" da vida e a base da existência futura e determina o momento da morte; e a terceira corta inflexivelmente esse fio.

É importante entender, que a palavra "Moura", não tem nada a ver com o feminino de "mouro", mas é um sinônimo da palavra grega "moira", que significa "destino". Os mouros eram uma raça de seres humanos ancestrais e as mouras pertencem ao mundo dos elementais ou espíritos da natureza.

A DAMA DO LAGO

A Dama do Lago,é também conhecida pelos nomes: Nimue, Vivienne, Vivien, Viviana.

Nimue relaciona-se a Mnme, um diminutivo de Mnemosyne, uma das nove ninfas da água da mitologia greco-romana que concedeu armas ao heróico Perseu. Vivienne, deriva-se provavelmente de "Co-Vianna-Vianna", uma Deusa da água muito difundida, denominada de Coventina.

Independente de seu nome, é uma das mais misteriosas e inexplicadas damas feéricas que aparecem nas lendas artúricas.

Em "Lancelot" (em prosa) do século XV, a Dama do Lago é uma maga, como é Morgan Le Fay (Morgana) em Malory e o lago é uma ilusão.

O lago portanto, não passava de um encantamento que Merlim havia feito para ela, um pouco antes. No lugar onde a água parecia mais profunda, havia belas e ricas mansões. Nesse país maravilhoso, foi onde cresceu Lancelot.

Nesse relato (acima), Viviana é uma Dama do Lago entre tantas outras que aparecem nas lendas celtas e desempenha o papel de Mãe de Lancelot. Sabe-se que é bem comum o tema folclórico da fada raptora de crianças. Viviana atua também como verdadeira Deusa, pois sabe que o menino está destinado para grandes façanhas, sabe que um dia irá ao castelo do Graal e que será pai de Glaad. A missão que cumpre ao raptá-lo da mãe é uma missão divina. Ela é a Mãe Divina, a que dará a Lancelot do Lago uma espécie de segundo nascimento, o nascimento de uma "criança divina".

domingo, 29 de agosto de 2010

A grande Imperatriz Dragão Tiamat


Este é um artigo sobre Tiamat, a deusa dragão, após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.
A história de Tiamat pode ser encontrada no épico babilônico Enuma Elish, data do século XIX-XVI a. C. Tudo inicia-se com o caos aquático. Apsu a água doce que origina rios e riachos, e Tiamat, o mar ou as águas salgadas (representada na forma de um dragão), combinam seus poderes para criar o universo e os deuses. Os primeiros dois deuses chamaram-se: Lachmu e Lachamu. A primeira prole se reproduziu e formou-se outra prole. Esses deuses irritavam profundamente Apsu que convocou seu auxiliar Mummu e foram juntos a Tiamat, a quem disseram que a descendência de ambos deveria ser eliminada para que regressasse a tranqüilidade. Tiamat, entretanto, enfureceu-se rechaçou a idéia, pois embora estivesse perturbada com os ruídos dos deuses, os perdoava.

As crianças-deuses acabam descobrindo que Apsu tinha plano de matá-las e enviam o deus Ea para matá-lo primeiro. Tiamat não apoiava os planos de Apsu de destruir seus filhos mas, diante da morte de seu esposo, passa a lutar contra eles. A Deusa encontra outro companheiro, Kingu, com quem gera vários monstros: serpentes de garras venenosas, homens-escorpiões, leões-demônios, monstros-tempestade, centauros e dragões voadores. Depois, partiu para a retaliação.

Antes designou Kingu como chefe de seu exército dizendo:

-"Exaltando-te na assembléia dos deuses, eu te dou o poder para dirigir todos eles. Tu és magnífico e meu único esposo. Que os Anunnaki exaltem teu nome." Entregou-lhe então as Tábuas do Destino.

As crianças-deuses temiam lutar contra Tiamat até que Marduk, filho de Ea, decidi lutar contra ela. O restante dos deuses rebentos prometeram a Marduk que, em caso de vitória, ele seria coroado como rei dos deuses.

Marduk teceu uma rede e apanhou Kingu e todos os monstros. Ele os acorrentou e os atirou no Submundo. Partiu então para matar Tiamat. Primeiro Marduk cegou o dragão com seu disco mágico, possivelmente representado pelo próprio sol, pois o deus era também um herói-solar. Depois feriu mortalmente Tiamat com uma lança, símbolo da vontade criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para destruir Tiamat. Com metade do corpo dela ele fez o céu, e com a outra metade a Terra. Tomou sua saliva e formou as nuvens e de seus olhos fez fluir o Tigre e o Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas.

Os humanos foram criados a partir do sangue de Kingu. Marduk criou em seguida uma habitação para os deuses no céu, fixou as estrelas e regulou a duração do ano.

Outros mitos, descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tiamat, em árabe. Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o Dragão do Caos e criado o mundo com seu corpo, foi mantido na Babilônia, durante muito tempo, o calendário menstrual, celebrando os Abbats e nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.

O mistério de Tiamat e de Marduk era comemorado anualmente na Babilônia durante o Ano Novo ou no festival de Akitu.

Como em incontáveis mitos, a origem de toda a vida teria vindo do mar primordial, quer na terra, ou no céu, mas o que existe de comum em todas estas possíveis procedências são as trevas primordiais. São delas que se origina a luz, sob a forma de luz ou estrelas e do dia acompanhado pelo sol. É esse fator comum, a escuridão da noite primordial como símbolo do inconsciente que explica a identidade entre o céu noturno, terra, mundo inferior e água primordial anterior à luz. Com efeito, o inconsciente é a mãe de todas as coisas, e tudo o que surgiu depois e permanece na luz da consciência está em uma relação filial com a escuridão. Designamos como urobórica, essa situação psíquica primordial, que abrange os opostos e, ma qual os elementos masculinos e femininos, os inerentes à consciência e os hostis a ela, confundem-se uns com os outros.

Na Babilônia, a unidade masculino-feminina dos uroboros era constituída por Tiamat e Apsu, que representavam o caos primordial da água. Mas é Tiamat, o verdadeiro elemento de origem, a mãe de todos os deuses, e a possuidora das tábuas do destino.

A existência original de Tiamat também resulta do fato desta ter sobrevivido à morte de Apsu e, quando finalmente derrotada pelo deus-sol patriarcal Marduk, formam-se a partir de seu corpo a abóbada celeste superior e a abóbada inferior das profundezas. Assim, mesmo depois de ter sido derrotada, ela permanece como o Grande Círculo que tudo contém.

Outros aspectos de Tiamat


Não é apenas o monstro terrível (dragão) do abismo, tal como a via o mundo patriarcal daquele que a venceu, Marduk. Ela é não só geradora, como também a mãe legítima de suas criaturas, que se enfureceu quando Apsu decidiu matar os deuses que eram seus filhos. Somente depois destes terem assassinado Apsu, seu marido, o pai primordial, é que ela dá inicia à sua vingança e propaga a sua força destruidora.

Tiamat representa o poder irracional dos primórdios e do inconsciente criador. Mesmo na morte, ela continuou a representar o mundo superior e o inferior. Marduk, ao contrário, é um legislador. A cada uma das forças celestes ele atribuiu um lugar fixo e, como Deus bíblico do Gênese, organizou o mundo segundo leis racionais que correspondem à consciência e sua natureza solar.

O caráter numinoso da Grande Deusa ainda se manifesta na forma de um Dragão em Tiamat, entretanto, é mais freqüente este deusa primitiva surgir despida e com características sexuais acentuadas quando a ênfase recai em sua fecundidade e em seu caráter sexual.

Taimat não é uma Deusa cruel, mas seus templos eram escondidos, devido a sua impopularidade, provavelmente por causa dos sacrifícios humanos que faziam parte de seus rituais. Isto mudou, em algumas cidades do Império, quando Tiamat passou a ser adorada abertamente e onde, os rituais mais sangrentos eram executados raramente. Tiamat representa todos os cinco elementos chineses: terra, água, fogo, ar e metal.

Ritual de Tiamat para criatividade


Para este ritual você necessitará:

* Três velas brancas
* Uma bacia ou um cálice que contenha água com sal


É ideal você realizar este ritual ao ar livre e à luz da Lua Cheia.

Comece seu ritual purificando seu espaço de trabalho e seus instrumentos. Trace o círculo. Invoque uma deusa lunar para cada elemento. Você pode invocar Tiamat para o elemento água. Coloque a bacia ou cálice de modo que você possa ver na água o reflexo da lua. Peça então para que as Deusas abençoem a água salgada com seus poderes surpreendentes de criatividade.

Pense nos aspectos de sua vida que podem ser beneficiados com toda esta criatividade. Então levante o cálice (ou bacia) e derrame a água sobre você (dos ombros para baixo). Deixe que a energia criativa de Tiamat flua. Em seguida sentirá que o poder criativo está incorporado à você.

Agradeça as Deusas da Lua que você invocou e abra o círculo.

Kolthar Grande Deus dos Dragões


Para acabar com a guerra, ele criou o acordo de paz. Ele dizia, basicamente, que metade do dia seria dedicada ao lado da luz e seria chamado simplesmente de dia. E a outra metade foi dedicado ao lado das trevas e chamado de noite. Para controlar isso, ele nomeou Thinos, que decidiu que daria 12 horas para cada um, ficando neutro na briga. Além disso, ele deu o direito da vida a Leonar e o da morte a Nosrredram.

Kolthar é cultuado principalmente por dragões. Praticamente todos os dragões de Morgdan cultuam o poderoso deus dragão. Mas muitos humanos ou semi-humanos também cultuam esse deus. E esses clérigos ou paladinos geralmente são os juízes nos principais tribunais do continente. Ele é um deus muito justo. Para ele a justiça é o mais importante. Ele sabe que tem um trabalho muito difícil, que o panteão é recheado de intrigas e que seu posto é muito desejado por praticamente todos os deuses. Mas vem conseguindo manter isso perfeitamente, sem problemas por enquanto.

Kolthar visita Morgdan como dragões de mais variadas formas e tamanhos, sendo a mais comum, um dragão enorme de nove cabeças. Ou até uma forma humana vestida como um juiz e segurando uma balança.

Kolthar é um deus neutro e respeita todos os principais deuses. Sempre que um deus deseja alguma coisa e outro é contra, ele tenta amenizar e conseguir com que todos os lados saiam contentes. Isso faz com que mantenha relações razoáveis com todos os deuses. Para ele não existe qualquer diferença entre nenhum deus.
Dragões ou dragos (do grego drákon, δράκων) são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes.

Em vários mitos eles são apresentados literalmente como grandes serpentes, como eram inclusive a maioria dos primeiros dragões mitológicos, e em suas formações quiméricas mais comuns. A variedade de dragões existentes em histórias e mitos é enorme, abrangendo criaturas bem mais diversificadas. Apesar de serem presença comum no folclore de povos tão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura, uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais de sabedoria e força, ou simplesmente feras destruidoras.

Dragão da terra



São de cor marrom e suas matizes. Temperamento irritadíssimo e mau humorado.Vivem em cavernas e barrancos. Não possuem asas, porém são fortes e robustos. Guardiões de recursos minerais, tendem a se camuflar para assustar pretensos videntes e malucos que buscam "sangue de dragão"(isso é um vegetal, e não plasma!). Nos rituais e magias, são responsáveis pela Pedra Norte e a tudo que ela representa. A esta tipicidade pertencem também os Dragões verdes.
O poderoso e astuto deus dragão líder do panteão de deuses. Kolthar nasceu junto com o desejo de justiça do povo para pôr fim a Grande Guerra. E foi esse o feito que lhe garantiu o título de líder do panteão.

Dragão Verde



Guardiões do Reino Vegetal. Animais e plantas são seus protegidos. Ágeis e longuilíneos, possuem asas pequenas e escamas finas. Temperamento alegre e jovial, porém é predador de predadores humanos. Influenciam as feras das florestas para que ataquem os caçadores que predam e caçam mais que o necessário para obter lucro.

Dragão Dourado



Guardiões da Pedra Leste . Elemento Ar . Residem nas nuvens e brisas. Asas potentes e longas. Corpo esguio e comprido, escamas finíssimas, quase uma pele.. São gentis e tolerantes aos pequenos deslizes dos dragões menores. Mas quando se enfurecem, provocam furacões e desastres climáticos . Regem o intelecto e as finanças.

Dragão Azul



Guardiões da Pedra Oeste. Elemento Água. Residem nos mares, lagos, rios, etc. Não possuem asas, mas várias barbatanas que servem para impulsioná-los no meio aquoso. Corpo extremamente comprido, semelhante a uma serpente. Distantes e calmos, costumam surtar e afundar embarcações que ousam enfrentar seus domínios. Mas também salvam náufragos os jogando nas praias.

Dragão negro



Guardiões dos que buscam a Harmonia e equilíbrio material e espiritual. Residem nas cavernas profundas e pântanos onde a luz do sol é fraca. Extremamente tímido e reservado, é ele quem conduz as almas que se perdem nos reinos sombrios. Se alimentam preferencialmente das lavas que nossos tristes pensamentos criam. Senhor das Sombras e da Magia Elemental. Possuem cornos, asas e um corpo forte com escamas espessas.

Dragão branco



Embora não pareça são os mais perigosos dos Dragões. Residem na Lua, por isso também são chamados de Dragões da Lua. Dizem que ele foi um Dragão Dourado, que aprendeu os segredos de todos os outros, tornando-se poderoso e perigoso.Temendo o que ele poderia fazer, os Dragões Antigos decidiram pelo seu exílio. O único lugar que ele achou onde não era regido por seus irmãos foi a Lua.Atormentado pela saudade que lhe queimava o imenso coração ele enlouqueceu. Adquiriu o poder de tornar-se incandescente, alucinado de dor, saudade e revolta. Afinal ele conheceu o desprezo, o preconceito e o medo...Não mais os mares azuis, nem as verdes florestas nem os calorosos mergulhos nas lavas vulcânicas... Somente a solidão e o silêncio.Então um dia, Cibele, a Deusa da Terra e da Lua, compadecida de sua dor, resolveu que era a hora de enxugar as lágrimas do Dragão. Passou a encontrá-lo e cantar melodias que eram puro amor. Amor de mãe, de esposa, de avó. Ensinou-lhe o auto-controle, a disciplina e a meditação.Isso o tornou mais centrado e mais perito... Conseguiu se harmomizar com maestria com todos os outros elementos. Desenvolveu então a tonalidade prateada reluzente, qual a própria Lua.Depois que ele se tornou um mestre, Cibele deu lhe filhos, à sua imagem e semelhança.Sempre que a Deusa é ultrajada, ele deixa seu exílio e vem à Terra defender sua honra, ocasião única onde ele se ira e enlouquece, tornando-se novamente incandescente, até que Ela seja vingada. É responsável pelas Pandemias e hecatombes.Quando a humanidade entender que sem a Terra não há sobrevivência, como ele próprio entendeu, ele deixará sua fúria e será um grande amigo. É chamado pelos outros dragões de "Flagelo dos Deuses".