quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Que é Druidismo?

O Que é Druidismo?

"Deixemos de lado os argumentos morais, complicados e subjetivos, e passemos aos assuntos objetivos e coerentes de nossa linha lógica de pensar que tão bem nos diferem..."

Os druidas formavam um grupo seleto de pesquisadores e buscadores da Verdade que se reuniam não em bosques, em baixo de árvores, ou dentro de cavernas escuras, úmidas e frias, como querem algumas mentes pouco inteligentes e muito imaginativas.

O grande problema é que aqueles que geralmente dizem "conhecer" o ensinamento druídico não se deram ao trabalho de pesquisar a fundo as obras que foram escritas a respeito deles, na verdade, não estamos falando de um povo imaginário ou lendário, que viveu em uma terra mística ou lendária, mas de um grupo real, documentado e contemporâneo aos primeiros historiadores, que os viram, tocaram e falaram com eles, portanto é muito mais difícil que inventar, por isso é muito raro encontrar obras sérias contendo as suas histórias, lendas e rituais secretos.

Os druidas se reuniam em Colégios onde desenvolviam e preservavam conhecimentos que herdaram de uma raça anterior a nossa e muito mais avançada, que possuíam o controle total do que hoje chamamos infantilmente de Energia Telúrica, e preservado pelos orientais com o nome de Feng Shui, além de compreender o poder dos elementos, e teria dito Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande: - "Se pudesse escolher meus exércitos. eles seriam as pedras, os ventos, o fogo os mares..." E eles dominavam claramente estas forças da natureza não por aprendizado próprio, mas por herança, e isto não é lenda, os romanos e gregos registraram seu poder.

Caius Julius Caesar, ou Júlio César, se deu ao trabalho de registrar a história de sua guerra para conquistar a Gália (Portugal, Espanha, França, Holanda; norte da Itália, Romênia) e Bretanha (Inglaterra, Irlanda, Escócia), em sua obra Comentários, nela ele conta que após várias derrotas em suas batalhas, percebeu que haviam os druidas guerreiros, onde o termo druidesa não cabe, já que após um rito específico haveria a perda de polaridade, então seria "o druida" ou "a druida", e entre estes estrategistas havia mulheres, que oficiavam ritos, conheciam e controlavam as RUNAS, guerreavam e comandavam tribos; como é o caso de Beodica, que além de rainha, era druida, e de Morgana, que chegou ao cargo de Merlin da Bretanha, em circunstâncias especiais, estes foram os estopins para a guerra entre o Império Romano expansionista patriarcal e a Céltica, um Império Dual, com igualdade de sexos, e que se expande através do conhecimento, da ordem e justiça social, como veremos, pois isso é dito não por fantasia ou outras formas fantásticas de informações comuns hoje em dia, mas de registros históricos públicos e testemunhas.

Em primeiro lugar os diferenças. o povo celtas eram os habitantes das áreas acima mencionadas mais a região Nórdica (Islândia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Suécia), eram segundo os romanos um povo guerreiro por natureza e segundo os gregos eles não possuíam escravos, fato impar naquela época e não haviam analfabetos, por que?

Por causa dos Druidas que eram os membros do Colégio, que eram Juizes, engenheiros, médicos professores, generais e etc...

O problema maior para os romanos foi o grau de sigilo da Ordem, e como eles conseguiam derrotar as legiões romanas? César registrou:

"...E existe um grupo de druidas que observavam e comandavam a batalha, então um grupo especial tinha a missão de matá-los, mas ao se aproximar para golpear, eles olhavam nos olhos do agressor e não diziam nada e caiam no chão sem reagir e sem expressar qualquer medo perante a morte, pois possuíam a concepção de que se encontrariam em outra vida...", tal era a certeza da reencarnação e em um conceito mais avançado conhecido como metempsicose.

As druidas deram trabalho aos romanos, pois além de guerreiras, que deram fama as Amazonas, que é um outro ramo de guerreiras-sacerdote, após a vitória Romana, criaram as Cones, e fizeram um ramo secreto conhecido como Wicca, não estes grupos de desequilibradas que não entram em igrejas e tem medo de água benta e aliás basta ver o filme real e sem fantasias "As Bruxas de Salem", que mostra que estas paranóicas nada tem a ver com as heroínas seguidoras da verdadeira Força Ying, chamada por elas de A Deusa.

E são consideradas heroínas, em segredo, e um dos motivos seria o seguinte: na Segunda Guerra elas ajudaram a impedir a invasão da Inglaterra pelos alemães, os fatos narrados pertencem a arquivos não oficiais: "...E então elas se reuniram com sua rainha em sua ilha..., localizada na Inglaterra e nas vésperas da ofensiva contra a grande Ilha, como elas a chamam, formaram um círculo com o número necessário de irmãs, e durante treze dias formaram uma força conhecida como egrégora através do cântico, cada uma não podendo largar a mão da outra, sem poder sair do círculo, para nada, as mais idosas e as menos capazes, caíam uma a uma e a medida que o círculo abria elas imediatamente davam as mãos para fechar, e uma disse: Perdemos muitas irmãs naqueles dias, mas continuaremos sempre a necessidade assim o exigir..."

Uma formula druida de limpeza de ambiente que não põe em perigo quem o faz, sem qualquer conhecimento ou verdadeira iniciação, é a seguinte:

"Para os casos de fraquezas, desânimos, depressões, choro, pesadelos:
Pegue oito espinhos de rosas vermelhas e os coloque dentro de seu perfume, então o borrife nos lugares que você queira purificar e atrair superiores presenças equilibradoras.
A formula falada é:
Um espinho quando espeta
Surpreende quem não sabia,
Ele não só provoca dor,
Ele também conduz a magia
E em nome dessa magia
Eu digo ao espinho:
"que assim seja; e assim se faça"
Esta é a fórmula falada para estes casos, mas porque o espinho?
E porque deve ser o perfume de seu uso pessoal?
Será que cada essência de magia possui uma formula falada diferente?

Entre os outros casos, a magia possui uma função dentro de um contexto, não é apenas exaltação de Ego de pessoas que não tem o que fazer, pois é na hora da necessidade que sabemos se este Conhecimento existe ou não.

Iniciação e ritos de passagem

Iniciação e ritos de passagem

Em todas as sociedades primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou ritos de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representavam igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo portanto tanto o cunho individual quanto o coletivo.

Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene.

Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia. Para as mulheres, isso se dava geralmente no momento da primeira menstruação, marcando o fato que, entrando no seu período fértil, estava apta a preparar-se para o casamento. Para os rapazes, essa cerimônia geralmente se dava no momento em que ele fazia a caça e o abate do primeiro animal. Ligadas, portanto, ao derramamento de sangue, essas cerimônias significavam a integração daquela pessoa como membro produtivo da tribo: ao derramar sangue para a preservação da comunidade (pela procriação ou pela alimentação), ela estava simbolicamente misturando o seu próprio sangue ao sangue do seu clã.

Variadas cerimônias marcavam, ainda, a idade adulta. Entre os nativos norte-americanos, algumas tribos praticavam um rito onde a pele do peito dos jovens guerreiros era trespassada por espetos e repuxada por cordas. A dor e o sangue derramado eram, dessa forma, considerados como uma retribuição à Terra das dádivas que a tribo recebera até ali.

Outras cerimônias seguiam-se, ao longo da vida. O casamento era uma delas, e os ritos fúnebres eram considerados como a última transição, aquela que propiciava a entrada no reino dos mortos e garantia o retorno futuro ao mundo dos vivos.

Todas essas cerimônias, no entanto, marcavam pontos de desprendimento. Velhas atitudes eram abandonadas e novas deviam ser aceitas. A convivência com algumas pessoas devia ser deixada para trás e novas pessoas passavam a constituir o grupo de relacionamento direto. Muitas vezes, a cada uma dessas cerimônias, a pessoa trocava de nome, representando que aquela identidade que assumira até então, não mais existia - ela era uma nova pessoa.

Nos tempos atuais e nas sociedades modernas, muitos desses ritos subsistiram, embora muitos deles esvaziados do seu conteúdo simbólico. Batismo e festas de aniversário de 15 anos, por exemplo, são resquícios desse tipo de cerimônia, que hoje representam muito mais um compromisso social do que a marcação do início de uma nova fase na vida do indivíduo.

No entanto, a troca do símbolo pela ostentação pura e simples, acaba criando a desestruturação do padrão social. Tomando o batizado cristão como exemplo, poderia-se perguntar quantas pessoas que batizam os seus filhos são, realmente, cristãs. Quantas pretendem realmente cumprir a promessa solene, feita em frente ao seu sacerdote, de manter a criança na fé dos seus antepassados? Obviamente, nas sociedades primitivas, tais promessas eram obrigações indiscutíveis e sagradas. Rompê-las era colocar em risco a própria sobrevivência da tribo como unidade coerente, o que não era, ao menos, cogitável.

A Iniciação dos Xamãs e Heróis

Ao lado dos ritos que abordamos, de certa forma institucionalizados e regulados pela família e pela sociedade, haviam outros ritos específicos, que poderiam configurar uma categoria distinta de passagem ou iniciação. Embora pudessem acontecer depois de alguma preparação, era comum que esses ritos ocorressem espontâneamente, a partir de uma casualidade que era então tida como propiciada pelos deuses. Estes eram os ritos de iniciação dos xamãs ou dos heróis.

Muitas pessoas, após passarem incólumes por algum tipo de experiência traumática, que poderia ter provocado a sua morte, eram consideradas como pertencendo a uma classe especial. Estados semicomatosos induzidos por doenças, picada de animais peçonhentos, etc, eram normalmente considerados como modificadores da pessoa, que retornaria desses estados possuindo uma nova e mais clara visão do mundo. Essas pessoas, geralmente, eram alçadas à condição de xamãs pela tribo.

Por um outro lado, o contrário também poderia acontecer: dentro do processo normal de treinamento de um xamã, chegava-se a um ponto em que determinadas provas deveriam ser enfrentadas, para que o treinando comprovasse a sua capacidade de enfrentar seus medos e seus próprios limites físicos e mentais. Isolamento, frio, fome, às vezes extremos, eram utilizados nesse sentido.

A idéia aqui, portanto, não era a de rito de passagem simplesmente como transição de um período para outro da vida, mas também como de um estado de consciência para outro. Ou seja: essa forma de rito não depreendia uma idade ou ocasião específica, e nem ao menos uma cerimônia específica. Poderia acontecer a qualquer momento da vida, por acaso ou por escolha própria, e tinha um cunho de transformação de personalidade mais profundo, geralmente associado a uma missão a cumprir, após a iniciação.

O caráter de morte e renascimento nesses ritos era profundamente marcado. Vê-se tal caráter em diversas lendas de heróis mitológicos, como, por exemplo, no mito egípcio de Osíris, que possui todas as características associadas ao processo das iniciações míticas.

Osíris era uma divindade civilizadora - a ele era atribuída a invenção da escrita e o desenvolvimento da agricultura. No mito, seu corpo é despedaçado e espalhado por todo o Egito; em seguida sua esposa Ísis empreende uma longa busca pelos seus pedaços, e reúne-os para que ele gere com ela seu filho Hórus, que irá prosseguir seu trabalho civilizador. Há de se notar que Ísis, além de esposa, era irmã de Osíris, ou seja: a idéia é que os dois, na verdade, eram duas faces distintas de uma mesma pessoa. Osíris representa o aspecto de nossos conhecimentos prévios que hão de ser desfeitos, ao passo que Ísis representa a parte de nós que realiza a busca e a reconstrução.

Note-se, também, que Osíris (o conhecimento), após ser reconstruído, não permanece existindo, mas apenas cumpre a função de gerar em Ísis um novo ser, filho da fusão entre as duas partes. A mensagem, portanto, é: aquele que busca o conhecimento deverá morrer (perder a individualidade, desfazer-se), recolher suas partes através de um árduo e longo trabalho e, por fim, transformar-se em um novo ser, com uma missão a cumprir.

O Significado das Iniciações no Paganismo

O termo iniciação tem sido bastante mal compreendido dentro do paganismo atual. Confunde-se iniciação com "início", e muitos julgam que a iniciação seria uma espécie de cerimônia de admissão em certas vertentes do paganismo. Contrapõe-se a figura do iniciante à do iniciado, o que é correto apenas em parte.

Na realidade, há de se encarar o paganismo, se não como uma religião (já que essa palavra geralmente implica dogma e sistematização), pelo menos como uma forma de manifestação da religiosidade natural do ser humano. Dessa maneira, não faria sentido um ritual específico para que uma pessoa pudesse praticá-lo, da mesma maneira que nenhuma condição é pré-estabelecida para que alguém frequente uma igreja. Por um outro lado, para a maioria das pessoas, adotar essa forma pagã de religiosidade significa romper, de qualquer maneira, com velhos dogmas e sistemas, ou seja: é uma forma de passagem. Já que a própria concepção pagã, como descrevemos no início deste texto, preconiza a marcação das passagens com celebrações específicas, a idéia da existência de uma cerimônia de iniciação (ou várias) estaria portanto justificada.

O que se vê, no entanto, não é isso. A idéia da iniciação, por ser mal compreendida, é comumente descrita como uma espécie de ritual mágico, que pode ser realizado sozinho e que transformaria as pessoas em bruxos. Isso é, pura e simplesmente, uma deturpação da idéia.

O rito de passagem tem suas próprias funções, como vimos: ele marca transições, marca o assumir de novos hábitos e responsabilidades e marca a aceitação de uma pessoa por um determinado grupo. Não se poderia esperar, no entanto, que essas transformações fossem efetivadas sem uma preparação específica. Voltando às sociedades tribais, podemos observar que os jovens, no decorrer de sua vida, são constante e cotidianamente preparados para os momentos de seus ritos de passagem. Apenas como exemplo, o futuro caçador passa por vezes anos acompanhando os grupos de caça, assumindo funções progressivamente mais importantes nesses grupos, até finalmente chegar a abater, sozinho, a sua primeira presa. Quando isso acontece, ele passa pela cerimônia que marca a sua aceitação pelo grupo dos caçadores, tendo provado que é digno de fazer parte desse grupo.

Assim, a idéia de uma cerimônia de iniciação dentro do paganismo, se admitida como necessária, há de ter essas mesmas características. Passar por essa cerimônia significa que o iniciado adquiriu conhecimento e prática, e por isso mesmo tornou-se digno de fazer parte de um grupo. Logo, isso não pode ser nem um ato prévio nem um ato solitário. É incongruente tanto dizer-se que novas atitudes serão assumidas sem que tenhamos nos preparado para isso, quanto nos admitirmos num "grupo" do qual apenas nós fazemos parte.

As Jornadas Iniciáticas

Uma vez compreendido que a iniciação é o resultado de um processo mais ou menos longo de compreensão, conhecimento e prática, que leva a uma mudança de status pessoal por marcar uma mudança de hábitos; que ela é a culminância de um processo e não o processo em si, há de se entender como esse processo se dá.

Um processo de iniciação é um processo de trabalho da personalidade, que envolve, como dissemos, a desconstrução de padrões pré-estabelecidos e a construção de novos padrões, que passarão a nortear a nossa conduta e existência. Vemos uma representação desse processo nos arcanos maiores do tarô: cada um deles representa um passo, um degrau, um conhecimento específico que se deve adquirir, ao longo de um caminho iniciático. Esse caminho é, no tarô, percorrido pelo Louco, que justamente por isso é o arcano sem número, podendo se encontrar, portanto, em qualquer uma das posições, ou estágios do caminho.

O Louco representa a própria desconstrução. Consideramos louco tudo aquilo que não é estruturado, tudo aquilo que é, de certa forma, caótico ou vazio. No entanto, a real estruturação apenas pode surgir do caos; caso contrário, o que se dá é apenas uma reformulação, ou mesmo apenas um ajuste. É emblemática a frase que surge em praticamente todas as cosmogonias, com ligeiras variações: no princípio era o caos.

Uma jornada iniciática não pode partir de preceitos estabelecidos. Muito pelo contrário: ela deve começar justamente pela eliminação de todo e qualquer conceito que possa, de alguma forma, direcionar ou influenciar o caminho de quem se propõe a empreendê-la. Note-se que o Louco se encontra, justamente, à beira do abismo. O próximo passo, que ele já começou a dar, o lançará no desconhecido, sem nenhum ponto de apoio, deixando para trás tudo aquilo que é sólido.

Lançar-se no abismo (domínio do Ar e, portanto, dos inícios) significa, também, mergulhar na própria consciência, ir ao fundo de si mesmo, atirar-se ao fundo do poço de nossa personalidade. Ao atingirmos o fundo do poço, só existe um caminho de saída: para cima. Logo, apenas ao atingi-lo poderemos empreender a escalada; construir, degrau por degrau, a escada que nos levará das profundezas escuras de volta ao Sol, para que possamos, novamente, ver o Mundo.

Esse é, portanto, o teor da jornada iniciática, da qual a cerimônia de iniciação, o rito de passagem, marca simplesmente a culminância do processo. Por isso mesmo, em sua celebração, o rito busca reprisar os episódios da jornada, refazer a desconstrução e reconstrução da personalidade, representar em momentos aquilo que, por vezes, levou anos. No decorrer de nossa vida, podemos passar por diversos processos desse tipo, conscientes ou não, orientados ou não. O final de cada um desses processos é apenas o início do próximo.

Um exemplo disso nos é dado pela própria vida, a grande jornada iniciática em si, que encerra todo o processo cíclico de nascimento, aprendizagem, morte e renascimento. Somos matéria bruta ao nascermos e, ao longo dos anos, adquirimos o conhecimento que nos dá, na velhice, a clara visão do mundo, tão decantada como a sabedoria que surge com a idade. O próximo passo, no entanto, é novamente o mergulho no abismo, no desconhecido.

O que é Ocultismo


O que é Ocultismo

Ocultismo (ou ciência oculta) é um conjunto de teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza e do Homem, procurando descobrir seu aspecto espiritual e superior. Ele trata do que está além da esfera do conhecimento empírico, o que é secreto ou escondido. O ocultismo está relacionado aos fenômenos supostamente sobrenaturais. Ocultismo é um conjunto vasto, um corpo de doutrinas supostamente proveniente de uma tradição primordial que se encontraria na origem de todas as religiões e de todas as filosofias, mesmo as que, aparentemente, dele parecem afastar-se ou contradizê-lo.O Homem aqui retratado seria um supostamente completo e arquetípico, composto não apenas de corpo, mas também de emoção, razão e alma (como divide a cabala).Segundo algumas tradições ocultistas as religiões do mundo teriam sido inspiradas por uma única fonte sobre-natural. Portanto, ao estudar essa fonte chegar-se-ía a religião original.Muitas vezes um ocultista é referenciado como um mago. Alguns acreditam que estes antigos Magos já conheciam a maior parte das descobertas da ciência, tornando estas descobertas meros achados.

Definição e escopo

Na ciência oculta, a palavra oculto refere-se a um "conhecimento escondido" ou "conhecimento secreto", em oposição ao "conhecimento visível" ou "conhecimento mensurável" que é associado à ciência convencional.

Para as pessoas que seguem aprofundando seus estudos pessoais de filosofia ocultista, o conhecimento escondido ou oculto é algo comum e compreensivel em seus símbolos, significados e significantes. Este mesmo conhecimento "não revelado" ou "oculto" é assim designado, por estar em desuso ou permanecer no index das culturas atualmente, mas originalmente no século XIX era usado por ter sido uma tradição que teria se mantido ocultada da perseguição da Igreja, e da sociedade e por isso mesmo não pode ser percebido pela maioria das pessoas.

Mesmo que muitos dos símbolos do ocultismo, estejam sendo utilizados normalmente e façam parte da linguagem verbal ou escrita (p.e. a palavra abracadabra seria uma palavra de poder), permanecem assim, oculto o seu significado e seu verdadeiro sentido. Desta maneira, tudo aquilo que se chama de "ocultismo" seria uma sabedoria intocada, que poucas pessoas chegam a tomar conhecimento, pois está além (ou aquém) da visão objetiva da maioria, ou de seu interesse.

O ocultismo sempre foi concebido desde o início, como um saber acessível apenas a pessoas iniciadas (ou seja, para aquelas que passaram por uma "iniciação"; uma inserção num grupo separado do comum e do popular; ou mesmo uma espécie de batismo, onde as pessoas seriam escolhidas, então guiadas e orientadas a iniciar numa nova forma de compreender e pensar o já se conhece, supostamente transcendendo-o).

Contudo, sempre houve curiosos de várias época, que foram capazes de especular à respeito do Ocultismo, sem que este conhecimento se tornasse algo comum em suas vidas. Embora o Ocultismo sempre exigisse da pessoa que o estudava, uma posiçao e atitude pessoal diversa daquela que a maioria das pessoas assumia. Por isso mesmo, que os estudiosos desta filosofia não eram bem vistos (acusados de pagãos, bruxos(as), místicos, loucos, rebeldes), sendo excluídos, perseguidos e condenados.

Com certeza eram em sua maioria, muito mal compreendidos. O ocultismo tem como escopo de estudo o que seriam energias e forças psíquicas, suas fontes e seus efeitos, assim como os seus canais de atuação e seus efeitos produzidos na consciência do Homem. Segundo os ocultistas a ciência oculta estuda, ao contrário da ciência tradicional, a natureza em sua totalidade, assim como as relações entre a natureza e o Homem. Principalmente por professar uma dimensão espiritual, ou sobre-natural, algo que nunca foi empiricamente demonstrado e por tanto não reconhecido pela ciência.

Do ponto de vista de quem o professa a percepção do oculto consiste, não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a mente "transcendendo-se" e o espírito. Ocultismo assim supostamente refere-se ao treinamento mental, psicológico e espiritual que permite um "despertar" de certas faculdades ocultas, ou, na visão da ciência tradicional, algum tipo de ilusão ou hipnose auto-induzida.

Origens, influências e tradições

O ocultismo está relacionado com o misticismo e o esoterismo e tem influências das religiões orientais (principalmente Yoga, Hinduísmo, Budismo, e Taoísmo).O ocultismo teria suas origens em tradições antigas, particularmente o hermetismo no antigo Egito, e envolve aspectos como magia, alquimia, e cabala.

História recente

As raízes mais antigas conhecidas do ocultismo são os mistérios do antigo Egito, relacionados com o deus Hermes ou Thoth. Por isto, frequentemente o ocultismo é referido como hermetismo.Na Idade Média, principalmente na Península Ibérica devido a presença de muçulmanos e judeus, floresceu a alquimia, ciência relacionada com a manipulação dos metais, que segundo alguns, seria na verdade uma metáfora para um processo mágico de desenvolvimento espiritual. Tanto a alquimia quanto o ocultismo receberam influência da cabala judaica, um movimento místico e esotérico pertencente ao judaísmo.Alguns destes ocultistas medievais acabaram sendo mortos na fogueira pela Inquisição da Igreja Católica, acusados de serem bruxos e terem feito pacto com o diabo.

O ocultismo ressurgiu no século XIX com os trabalhos de Eliphas Levi, Helena Petrovna Blavatsky, Papus e outros. Mas trabalhos relacionados a cabala relacionados durante toda Idade Média. E de alquimia na Baixa Idade Média.

" A Consciência Divina "

" A Consciência Divina "

Todos os seres humanos são manifestação do ser eterno. Não importa se é bom ou ruim o seu aspecto no mundo fenomênico, isso é como a boa ou a má qualidade de uma imagem fotográfica, e o homem verdadeiro (isto é, a Imagem Verdadeira) jamais se perverte. Por desconhecer esta Verdade, o homem tende a desprezar a si mesmo. Muitas pessoas pensam "Sou imprestável mesmo", e com isso cometem o "encobrimento de sua natureza divina" (pecado). Encobrindo a natureza divina, é impossível que essa natureza perfeita se revele no mundo fenomênico. Experimente fotografar alguém coberto com um véu: é claro que a imagem perfeita dessa pessoa não aparecerá na fotografia. Do mesmo modo, encobrindo a nossa natureza divina e projetando o filme no mundo fenomênico através da "lente mental" distorcida pelos pensamentos tais como "Eu não presto mesmo", será impossível surgir no mundo fenomênico o nosso aspecto perfeito. Assim, a idéia de que "somos pecadores" é a matriz de onde se originam todos os males do mundo fenomênico, ao passo que a convicção de sermos filhos da Deusa e do Deus é a matriz geradora de um bom mundo Fenomenal.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Poema "Abençoada "

Abençoada seja você
Que não teme e
Entende o que está
Escondido atrás dos véus
E em todos os céus.

Olhe para o que
Está além de ti.
O que cultuo é
Sagrado.
A Deusa em mim
Recebe em magia
A vida.Sou o templo,
Sou o tempo, sou a
Eternidade e o momento.

Abençoado seja você
Que abre a porta da
Mente e vê a beleza de
Minha Mãe Natureza.
Essa é a minha religião.
Aqui está meu o meu
Mistério e o meu coração.

Nas sombras, meu livro
E se vivo, vivo porque
O círculo está aberto.
Estou perto de ti e de
Tudo que te faz sorrir.
E de tudo que te faz
Fugir.Sou uma mistura
De todas as magias e
Como as duas, sou
Imprevisível, sou rio
Rio transbordando
Em correnteza, sou
A rude delicadeza.

Abençoada seja você
Que pode me escutar
Dialogar com outros
Mundos.Abençoado seja
Você que sabe que a
Minha arte está tatuada
Em estrela.
Sou a amante delicada
Dos solistícios e da lua
Nova.Sou a mulher que
Beija os Sabaths e os
Esbaths.

E tudo mais que há.

Abençoados todos
Que conhecem o
Sagrado feminino.

Karla Bardanza

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Xamanismo


Xamanismo

O Xamanismo é uma filosofia de vida muito antiga, que visa o reencontro do homem com os ensinamentos e fluxo da natureza e com seu próprio mundo interior. Sua origem é um conjunto de ensinamentos milenares que, através da tradição de tribos indígenas do mundo todo, foram sendo passadas até os dias de hoje.

Esses ensinamentos são baseados na observação da natureza e seus sinais: Sol, Lua, Terra, Água, Fogo, Ar, Animais, Plantas, Vento, Ciclos, e assim por diante. Pode-se considerar o Xamanismo como a verdadeira arte de viver. Ao observarem o ciclo da natureza e suas manifestações, os antigos xamãs puderam perceber sua conexão com o todo.

Desta forma, se abriram para o aprendizado daquilo que realmente somos e tornaram-se capazes de elevar a consciência e se relacionar com outras realidades e dimensões, assim como manter plena e perfeita harmonia com a natureza, possibilitando a total integração de seus corpos físico, mental, emocional e espiritual.

A prática do Xamanismo utiliza-se do trabalho com: ervas, direções sagradas, rituais, jornadas Xamânicas, contato com natureza e seres espirituais, ritmos, danças e movimentos corporais, elementos básicos da natureza (água, terra, ar, fogo, cristais, pedras, argila, etc...), cirurgias espirituais e técnicas de cura e purificação dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, entre outras coisas. Atualmente, está havendo um resgate dos conhecimentos do Xamanismo a fim de aplicá-los no dia a dia, buscando elevar a consciência e alcançar novamente o equilíbrio.

O Xamanismo tem como objetivos básicos: reconectar o ser com sua sabedoria interior, conexão com a multidimensionalidade do ser humano, ancoragem do poder pessoal, conexão com seres espirituais, limpeza dos corpos físico e sutis, limpeza e harmonização de ambientes, harmonização plena do ser, conscientização do aspecto espiritual de cada um e de sua inter-relação com a natureza e com o planeta a que pertence, ativação das habilidades de coragem, força e sabedoria para lidar com questões generalizadas, curas e prevenção de distúrbios e doenças.

O conceito básico da cura Xamânica é que "Ninguém cura o outro. A cura está dentro de cada um”. Percebendo que os corpos visíveis são somente símbolos de forças invisíveis os anciãos trabalham o poder divino através da manifestação dos reinos da natureza...

A era de ouro reconhece as coisas vivas de um ponto de vista que Deus pode ser perfeitamente compreendido através da suprema manifestação de sua força de trabalho: a Natureza. "Cada criatura existente manifesta um aspecto da inteligência e poder do Grande e Eterno criador".

Quem pratica a Magia certamente já se deparou com o Xamanismo e com a cultura celta. Mas provavelmente nunca os colocou juntos numa mesma frase, porque aparentemente uma coisa não tem nada a ver com a outra.

O escritor e pesquisador John Matthews, também pensava assim, até que suas pesquisas o levaram a desenterrar a ponte entre essas duas tradições.

"O Xamanismo Celta se perdeu por volta do século 6 d.C., provavelmente pelo advento do cristianismo, numa época em que tudo que era relacionado ao paganismo estava desaparecendo ou tendo que se esconder". Matthews sustenta, no entanto, que muitos dos primeiros exploradores cristãos eram xamãs, apesar de não se chamarem assim. O Xamanismo Celta entrou então na clandestinidade, ressurgindo séculos mais tarde em práticas espirituais como o Witchcraft ou Bruxaria.

O Xamanismo é a prática espiritual mais antiga. "Numa certa época, era praticado no mundo inteiro", afirma Matthews.

"E quase todas as religiões têm elementos xamânicos, ainda que estes não apareçam com freqüência". O principal destes elementos que definem o Xamanismo é a crença de que tudo é sagrado e divino.

"O xamã se torna uno com a natureza, com o planeta, e se comunica com os espíritos dos animais e de todas as coisas que crescem". E isto, diz Matthews, é a linha mestra de todo o xamanismo - seja ele norte americano, siberiano, brasileiro, celta. É o que ele chama de "core shamanism", as principais práticas que estão presentes no Xamanismo de qualquer cultura. E o centro do trabalho do xamã é a jornada.

Os toques de tambor transportam o "viajante" a um transe onde ele encontra os animais de poder, guias e espíritos que o levarão ao que é preciso ver, descobrir ou curar. É uma jornada para dentro, mas não exclusivamente interior. Matthews explica que acessamos um mundo espiritual que está fora de nós, ainda que o vejamos sob o filtro da nossa própria história.

"Com a jornada xamânica, convidamos este mundo, que está fora de nós, para que entre". O que encontraremos nessa viagem depende da cultura de cada um, do contexto e da necessidade psicológica e espiritual."

Os Xamãs

Os Xamãs

O Xamanismo nasce com a origem dos tempos, vem de ancestrais culturas que já existiram na Terra, antes da civilização humana, quando todas as nossas relações eram honradas e quando sabíamos conversar com os animais, com as plantas, com as montanhas e serras, com os desertos, planícies, com os rios e lagos, com os ventos e a chuva, com as cavernas no útero da Pachamamma, a Mãe Terra.

Sua origem não tem raízes históricas ou geográficas, mas se perde no tempo. Práticas xamânicas foram encontradas em cavernas na china, há pelo menos 80.000 anos, o que se pressupõe que ele é mais antigo. Traços do Xamanismo podem ser encontrados em muitas religiões e tradições e pode-se dizer que é a mais antiga disciplina médica e psicológica da humanidade.

Historicamente o uso da palavra Xamanismo vem da Sibéria, de onde passaria ao Novo Mundo durante as migrações que povoaram o continente americano, desde 1000 a. C. O Xamanismo original floresceu na Ásia Central e setentrional (povos turco-mongóis, himalaios e árticos). A maior parte dos especialistas estão de acordo em estender a ação do Xamanismo à Coréia e ao Japão, passando pelos povos fronteiriços do Tibet, China e Índia, até a Indochina e a América.

Neste sentido, o Xamanismo pode ser compreendido como uma filosofia de vida muito antiga, que visa o reencontro do ser humano com os ensinamentos que fluem da natureza e com seu próprio mundo interior, um conjunto de ensinamentos milenares que, através da tradição de tribos do mundo todo, foram sendo passadas até os dias de hoje.

Mas quem eram os Xamãs? Eram homens e mulheres capazes de entrar em transe, de estabelecer uma ponte entre este mundo e o outro, viajar nas dimensões inferiores, medianas e superiores, capazes de curar, guardiões da história oral de seu povo. Em Jung, vamos entender essa condição, como a possibilidade de acessar o inconsciente coletivo da humanidade, pelo simbólico, pelo imaginário, pela força dos arquétipos.

Xamãs eram assim designados no dialeto local. O termo foi incorporado no trabalho de Mircea e se consagrou para definir os yayés, os shabonos e os magistas de várias nações que tem o mesmo poder, ser ponte entre mundos. Hoje, antropólogos utilizam o termo para se referirem a pessoas de uma grande variedade de culturas não ocidentais, que são conhecidas por palavras tais como: bruxo, feiticeiro, curandeiro, mago, mágico, vidente... Aqui no Brasil, utilizam o nome pajé, na América do Norte, Medicine-Man ou Medicine Women, na América Central, Curandeiros ou Feiticeiros. De certa maneira, todo Xamã é bruxo, mas nem todo bruxo é Xamã.

Um Xamã é, na maioria das vezes, um curador ferido que, ao vivenciar situações extremas de doença física, mental, espiritual ou emocional, tendo estado em contato com o mal, torna-se apto a realizar ações para promover a cura em si mesmo, nas outras pessoas e em relação ao planeta.

Atualmente, há uma tendência desses profissionais que se intitulam "Xamãs Urbanos". São médicos, pedagogos, psicólogos, jornalistas, sociólogos, educadores, ecologistas, artesãos, musicistas, terapeutas holísticos, que usam antigos ensinamentos que proporcionam cura, bem estar e crescimento pessoal, ao promover atendimentos individuais ou em grupo.

Alguns desses ensinamentos têm sua base na observação da natureza e seus sinais: Sol, Lua, terra, água, fogo, ar, animais, plantas, vento, ciclos, etc...Ao observarem atentamente essa vida que há em toda a natureza e suas manifestações, ao aprender a ler no Livro da Natureza, os neo-xamãs, como os xamãs de antigamente, podem perceber sua conexão com o todo e se abrir para o aprendizado daquilo que realmente somos.

Aprendendo as lições dos animais, das plantas e das pedras, da terra, do fogo, do ar e da água, tornam-se capazes de elevar a consciência e se relacionar com outras realidades e dimensões, assim como manter plena harmonia com a natureza, possibilitando a total integração de seus corpos físico, mental, emocional e espiritual. Em algumas correntes, vamos ter os que se utilizam as plantas de poder, ou medicinas sagradas ( ayuasca, coca, peyote, amanita muscaria, etc.) para alcançar os estados alterados de consciência, parte importante das práticas Xamânicas.

É importante lembrar que a religiosidade, sistema de crenças de um povo, não é Xamanismo. O Xamanismo não é uma religião e sim um conjunto de métodos, noções e práticas de alteração, ampliação, da percepção e da consciência ordenados para obter o contato com o universo paralelo, mesmo invisível, dos espíritos e o apoio destes para gerir os assuntos humanos, no sentido em que hoje se chamaria de terapêutico.

A prática do Xamanismo utiliza-se do trabalho como as rodas de cura, o som dos tambores, chocalhos, ossos, ervas, animais, minerais, direções sagradas, rituais, jornadas xamânicas, contato com seres espirituais, ritmos, danças e movimentos corporais, conexão com os elementos da natureza: água, terra, ar, fogo, cristais, pedras, argila, etc, são técnicas de cura e purificação das dimensões físico, emocional, mental e espiritual do ser humano.

"Eu sou Águia Prateada, e falei, com amor incondicional,
por todas as nossas relações."

Por Cláudio Crow Quintino


Oração Lakota

"Wakan Tanka, Grande Mistério,
Ensine-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos de meu corpo,
Nas bênçãos do meu espírito.
Ensine-me a confiar nestas coisas,
Para que possa entrar em meu Espaço Sagrado
E amar além do meu medo,
E assim caminhar com beleza
Com a passagem de cada Sol Glorioso".


"De acordo com o povo nativo:

O Espaço Sagrado é o espaço

Entre a exalação e a inspiração.

E caminhar com beleza:

É ter o Céu, a espiritualidade,

E a Terra, o físico, em harmonia."



Animal de Poder


Animal de Poder

Este ritual pode-se utilizar música, de preferência indígena ou instrumental. Poderá também ser aplicado em grupo, sob a orientação de um xamã. Em uma noite de lua cheia, tome um banho de ervas, de sua preferência e sal grosso, coloque uma roupa limpa e confortável, dirija-se a um local tranqüilo, se possível ao ar livre.

Acenda uma pequena fogueira, que deverá ser extinta ao final do ritual, tomando os devidos cuidados.

Faça um círculo mágico com pedras previamente escolhidas, sente-se de pernas cruzadas no centro do círculo e de frente para a fogueira que deverá estar fora do círculo. Acenda uma vela branca à sua esquerda e um incenso à sua direita. Tenha à mão um maço de ervas secas de sua preferência, tipo: arruda, alecrim, benjoim, alfazema, etc.

Jogando um punhado de ervas na fogueira, faça a seguinte invocação:

"Que o Grande Espírito esteja comigo hoje e sempre. Eu (diga seu nome), seu (sua) filho (a), peço permissão para iniciar este ritual. Espíritos ancestrais, acendam as chamas dos irmãos animais, para que iluminem meu caminho."
Jogue mais um punhado de ervas na fogueira e diga:

"Ancestrais, antigos aliados, aqueles que trazem a memória do tempo, ouçam meu pedido, sintam minha intenção e estejam comigo. Nas patas do cavalo, nos olhos da coruja, nas asas da águia, nas garras da onça, no bico do gavião, que se acenda em minha alma a força do meu animal guardião."

Jogue mais um punhado de ervas na fogueira e diga:

"Ancestrais, antigos aliados, aqueles que trazem a memória do tempo, ouçam meu pedido, sintam minha intenção e estejam comigo. Nas patas do cavalo, nos olhos da coruja, nas asas da águia, nas garras da onça, no bico do gavião, que se acenda em minha alma a força do meu animal guardião."

Jogue outro punhado de ervas na fogueira. E diga:

"Que meu animal guardião se apresente agora, que eu possa sentí-lo e a ele me religar."

Respire profundamente e deixe a sua mente vagar em busca do animal. Com os olhos fechados, deixe que seu animal se apresente. É possível que vente nesse momento ou ocorra algum fenômeno atmosférico, não se assuste.

Sinta seu corpo, sinta seus pés, sinta as patas do animal fundindo-se aos seus pés e mãos. Sinta suas pernas, braços e tronco. Sinta todas as partes de um animal se fundindo ao seu corpo. Procure se identificar com o animal. A essa altura você já saberá qual é este animal, então sinta a cabeça do animal fundindo-se à sua cabeça.

Agora você é o animal, comece a sentir-se como o animal, não tema pois estará protegido no círculo mágico. Sua mente poderá assumir o animal e explorar o território sob a identidade do animal. Se for um pássaro, poderá voar, se for um peixe experimentará a sensação de nadar, se for um felino sentirá seu poder e assim por diante. Concentre-se no animal e experimente o seu poder, seja o animal, viva o animal.

Este ritual poderá durar horas ou minutos, dependerá exclusivamente de você. Quando quiser finalizar o ritual, agradeça ao Grande Espírito e as entidades presentes, por esta experiência, bata palma três vezes, dizendo:

"Este ritual está encerrado".

Apague a fogueira, desfaça o círculo.

Caso não consiga despertar seu animal, no primeiro ritual, não desista e faça a seguinte oração:

"Espíritos antigos, meus ancestrais, em nome do Grande Espírito, ouçam minha oração, revelem-me em sonho meu animal guardião."

E repita o ritual na próxima Lua Cheia.

Limpeza Xamânica


Limpeza Xamânica

A limpeza xamânica divide-se em quatro etapas: 

- Preparação
- Purificação
- Consagração
- Preservação

Preparação:

Você deve ter uma intenção clara, um propósito:
- Qual o seu objetivo geral?
- Quais as suas intenções específicas?
- Qual o seu propósito?

Após defini-los, escreva e confirme seus objetivos.

Exemplo:
1.Intenção geral: casa próspera e tranqüila.
2.Intenção especifica: harmonia nas relações familiares; prosperidade para os moradores; outras intenções dos demais moradores ou cômodos da casa.
3.Propósito: prosperidade e harmonia constante.

Purificação:

Maneira de desbloquear e energizar os pontos do aposento onde a energia estagnou. A energia estagnada está nos cantos da casa e onde há a doenças, pensamentos negativos e emanações de objetos não adequados ao local.

Dica: Comece por instrumentos mais potentes e depois use os mais refinados à medida que for limpando. Faça a limpeza sempre no sentido anti-horário.

1.Solicite assistência e orações de seus Guias, do Grande Espírito, dos Deuses. Imagine um tubo de luz branco envolvendo todo seu ser e protegendo-o.

2.Antes de limpar, deixe que o ambiente transmita sua mensagem.

3.Na entrada da casa, mentalize o objetivo e ao entrar fique no centro do cômodo e mentalmente diga a intenção e irradie pelo ambiente.

4.Respire profundamente. Sinta a energia fluindo entre suas mãos.

5.Circule no aposento iniciando pelo Norte (pelo costume celta começamos por este quadrante) com o pêndulo na mão esquerda verifique a energia e, com a mão direita, limpe o local com um sino, chocalho, pena, incenso, sálvia, água... Use as correlações com os quatro elementos.

6.Continue circulando e à medida que a energia se torna mais leve, utilize os instrumentos mais refinados. Dê bastante atenção aos nichos, armários e cantos. Quando o cômodo estiver limpo você perceberá as cores mais brilhantes, sons mais claros, respiração fácil e sensação de leveza.

7.Ao final da limpeza, sacuda o corpo, respire fundo e com tempo diminua o ritmo dos movimentos ate parar e fique aberta a energia que circula no seu corpo.

Consagração:

Invocação da energia para dentro da casa. Podem ser usados os mesmo instrumentos mais com objetivos diferentes.

1.Invoque os elementais para trazerem a energia do propósito ao local. Seja específico ao tipo de energia que deseja.

2.Expanda a aura. Para casa toda, invoque o objetivo geral e para cada cômodo, os objetivos específicos. Mantenha todas as portas e janelas abertas. Utilize os instrumentos no sentido horário percorrendo toda a casa, abençoando.

3. Ao terminar faça uma oração de agradecimento.

Preservação:

Para manter e assegurar os campos de energia invocados os protetores e energizadores do lar:

1.Cristais: drusas, quartzo fume, turmalina negra, ametista para proteção do ambiente.

2.Totens: use o seu animal de poder como protetor do ambiente.

3.Preces: as preces ou mantras sutilizam a freqüência do ambiente, aumentando o padrão energético.

4.Objetos sagrados: objetos religiosos e outros que você considera sagrado podem estar espalhado em alguns pontos da casa.

5.Objetos feitos à mão: artesanatos feitos por pessoas com boa energia e consagrados.

6.Objetos naturais: objetos que representam os elementos como: conchas, pedras, plantas etc.

7.Lembre-se de imantar e consagrar os objetos com a energia do seu propósito.

Preparação física e espiritual para a limpeza:

- Dia anterior à limpeza:
Decida os métodos que utilizará.
Faça uma faxina geral na casa.

- Noite anterior:
Opte por uma comida leve ou jejum
Prepare os utensílios que vai usar defumando-os ou expondo-os ao Sol.
Purifique também as roupas que vai usar.
Antes de dormir, peça ao Grande Espírito, que o prepare em seus sonhos para atuar na limpeza.

- No dia da limpeza:
(ao nascer do sol, início da manhã)
Medite pedindo auxílio aos seus guias pessoais.
Visualize cada cômodo limpo e purificado, a cerimônia concluída e a casa radiante e luminosa.
Tome banho de ervas.
Vista uma roupa adequada e fique descalça.
Estique cada parte do corpo, deixando que a energia circule.
Beba um copo de água energizada.

Limpezas rápidas:

Ar: 1 sino grande e 1 incenso.
Água: Água energizada com cristal: turmalina negra, quartzo fume, olho de tigre, ônix
Fogo: 1 vela
Terra: Sal grosso
Procedimento: Acenda a vela com uma prece, espalhe o sal pelo chão, use o sino no sentido anti-horário. Termine borrifando a água no sentido horário.

Estimulando e invocando energia:

Ar: Penas, tambor, chocalho.
Água: Água da fonte ou energizada para espargir.
Fogo: Incenso de sálvia
Terra: Sal grosso

Procedimento: Coloque sal em cada canto com uma prece e defume a sálvia com a pena, no sentido anti-horário. Toque o tambor, chocalho ou sino e borrife a água no sentido horário.

Criando um templo de luz e proteção:

Ar: uma pena
Água: água lunarizada da lua cheia.
Fogo: velas brancas
Terra: 4 cristais brancos

Procedimento: Acenda a vela, limpe o espaço com a pena (no sentido anti-horário) coloque os cristais nos 4 cômodos da casa para criar uma pirâmide etérea. Borrife com a água da lua cheia.

Limpeza sem acessórios:

Faça uma faxina. Abra portas e janelas. Tire fotos e pinturas tristes. Livre-se de objetos que não usa mais, plantas mortas e objetos quebrados. Acenda uma vela, use incenso e ande pela casa no sentido anti-horário, se preferir use a mão para fazer a limpeza. Jogue sal nos cantos (anti-horário). Coloque uma música tranqüila e depois no sentido horário borrife um aroma ou perfume suave pela casa. Coloque flores frescas. Encerre fazendo uma prece e visualizando toda a casa iluminada.

Periodicidade da limpeza:

Toda a casa: 1 a 2 vezes por ano no mínimo. Preferencialmente duas semanas antes do solstício da primavera. Limpeza leve: 1 vez por mês, quando desejar mudar algo na sua vida, depois de uma doença ou sofrimento, depois de hóspede difícil ou experiência negativa no ambiente ou caso sinta-se sempre cansado e esgotado.

Acessórios de apoio:

- Pêndulo.
Penas de águia, gavião, arara.
Sálvia para defumar.

- Incenso de lavanda.
Sal grosso, Carvão, Alho.
Água do mar, água da fonte, água de rosas, água de flor de laranjeira.
Tintura de ervas.

- Aromatizador de ambiente especifico.
Chocalho, Tambor, Sinos.
Bambu, Cristais, Velas.
Ervas como: sálvia, arruda, manjericão e louro.


Sabbá de Samhain

Sabbá de Samhain

Grande Sabá, celebrado no dia 30 de abril, onde a Roda finalmente completa seu ciclo. Samhain, pronuncia-se ("Sou-ein"), é conhecida como a Noite Sagrada. Oíche Shamhna, na língua gaélica, representa o fim da colheita e o último Festival do Fogo. Ritual dedicado aos Deuses: Ceridween, Morrighan e Dagda.

Para nós é a comemoração do Ano Novo, momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro, é o momento onde os portões dos mundos se abrem e o véu que os separa se torna mais tênue. Época ideal para se honrar os antepassados.

A palavra Samhain significa "sem luz" ou "o fim do verão", pois nessa noite o Deus morre e o mundo mergulha na total escuridão, preparando-se para a chegado do inverno. A Deusa vai ao mundo das sombras em busca do seu amado. Eles se amam e desse amor é gerada a semente da luz, no útero da Grande Mãe, para que possa novamente renascer em Yule, como a criança da promessa, o retorno do verão.

Samhain é a noite que marca o início de um novo período e um novo recomeço em nossas vidas. Celebre a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias.

Os irlandeses colocavam nabos ou cabaças iluminadas na frente de suas casas, substituindo em tempos remotos dos celtas, os crânios dos inimigos. Ao anoitecer, acenda velas laranjas nas janelas da frente de sua casa, mentalize seus desejos e agradeça seus ancestrais.

Os celtas praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior nas fogueiras ou no caldeirão. Este Sabá é sinônimo de respeito e introspecção.

Celebrem e vivenciem todas as transições da vida, pois a Roda gira igual para todos, mesmo que não saibam. Na realidade a Deusa nunca morre e o Deus sempre renasce, no ciclo mágico das transformações. Que assim seja!

Correlações:

- Arquétipos: celebração do ano novo celta, fim do verão e dia dos mortos.
- Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
- Incensos: mirra, sálvia, carvalho ou cedro.
- Alimentos: sidra, chá preto e bolos de frutas.

Rainha das Sombras

Ciclos infindáveis da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança,
Um tempo passado e repassado,
Que jamais volta atrás
Caminha pela estrada da vida
Verde esmeralda dos ancestrais,
Festejando a escuridão de Samhain
Pois a Roda gira sem parar
Rumo ao novo despertar
Awen, Senhora Mor Rioghain!

Hemisfério Norte: 31 de Outubro
Hemisfério Sul: 1 de Maio

O Samhain (pronuncia-se "sou-en"), também chamado de Halloween, Hallowmas, Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Festival da Colheita, é o mais importante dos oito Sabbats dos Bruxos. Como Halloween, é um dos mais conhecidos de todos os Sabbats fora da comunidade wiccana e o mais mal-interpretado e temido.

Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa. (O nome Samhain significa "Final do Verão".)

Samhain é também o antigo Ano Novo celta / druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos. é o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retornavam para passear entre os vivos. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.

A versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (1o de novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. é observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.

Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas destinadas a morrer naquele ano podem ser vistos andando entre as sepulturas à meia-noite de Samhain. Pensava-se que alguns fantasmas tinham natureza má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malévolos. Na Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.

Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.

Outro antigo costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.

Era no Samhain que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte. O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertilidade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e cavalos, como oferendas sacrificiais. Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhain e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.

As artes divinatórias, como a observação de bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica de Samhain, são tradições wiccanas, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Samhain são maçãs, tortas de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.

Incensos: maçã, heliotropo, menta, noz-moscada e sálvia.
Cores das velas: preta, laranja.
Pedras preciosas sagradas: todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolotas, giesta, maçãs beladona, dictamo, fetos, linho, fumária, urze, verbasco, folhas do carvalho, abóboras, sálvia e palha.


Ritual do Sabbat Samhain

Em muitas tradições wiccanas, é costume o Bruxo jejuar um dia inteiro antes de realizar o Ritual do Sabbat Samhain.

Após o banho ritual com água salgada para limpar seu corpo e sua alma de todas as impurezas e energias negativas, coloque uma veste cerimonial longa e preta (a menos que prefira trabalhar sem roupa, como fazem muitos Bruxos), use um colar de bolotas feito a mão em torno do pescoço e coloque uma coroa de folhas de carvalho na cabeça.

Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Coloque 13 velas pretas e cor de laranja em torno do círculo e à medida que for acendendo cada uma diga: VELA SAMHAIN DO FOGO TÃO BRILHANTE CONSAGRE ESTE CÍRCULO DE LUZ.

No centro do círculo erga um altar voltado para o norte. No centro do altar, coloque três velas (uma branca, uma vermelha e uma preta) para representar, cada uma, uma fase da Deusa Tripla. à esquerda (oeste) das velas, coloque um cálice com sidra e um prato contendo sal marinho. à direita (leste) das velas, coloque um incensório com incenso de ervas e uma pequena tigela com água. Diante das velas (sul), coloque um sino de altar de latão, um punhal consagrado e uma maçã vermelha. Faça soar três vezes o sino do altar e diga: SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO, INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Salpique um pouco de sal e água em cada ponto da circunferência em torno do círculo para limpar o espaço de qualquer negatividade ou influência maligna. Pegue o punhal com a mão direita e diga: OUÇAM BEM, ELEMENTOS, AR, FOGO, ÁGUA E TERRA. PELO SINO E PELA LÂMINA EU VOS CONVOCO NESTA SAGRADA NOITE DE ALEGRIA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com a sidra e diga: EU TE OFEREÇO, OH, DEUSA, ESTE NÉCTAR DA ESTAÇAO.

Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o incenso e as três velas do altar e diga: TRêS VELAS EU ACENDO EM TUA HONRA, OH, DEUSA: BRANCA PARA A VIRGEM, VERMELHA PARA A MÃE, PRETA PARA A ANCIÃ. OH DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI ERGO ESTE TEMPLO SAGRADO EM PERFEITA CONFIANÇA.

Pegue o cálice com ambas as mãos e derrame algumas gotas da sidra sobre a maçã, dizendo: AO VENTRE DA DEUSA MÃE RETORNA AGORA O DEUS, ATÉ O DIA EM QUE NOVAMENTE RENASCERÁ. A GRANDE RODA SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. O CICLO DAS ESTAÇÕES NÃO TERMINA NUNCA. ABENÇOADAS SEJAM AS ALMAS DAQUELES QUE VIAJARAM ALÉM PARA O MUNDO ESCURO DOS MORTOS. EU DERRAMO ESTE NÉCTAR EM HONRA À SUA MEMÓRIA. QUE A DEUSA OS ABENÇOE COM LUZ, BELEZA E ALEGRIA. ABENÇOADOS SEJAM! ABENÇOADOS SEJAM!

Beba o restante da sidra e, então, coloque o cálice no seu lugar no altar. Faça soar o sino três vezes, desfaça o círculo apagando as velas de cores laranja e preta, começando do leste e movendo em direção levógira. Pegue a maçã do altar e enterre-a do lado de fora para nutrir as almas dos que morreram no último ano.

O Ritual de Samhain está agora completo e deve ser seguido de meditação, divinação em bola de cristal, recital de poesia mística inspirada na Deusa e uma prece dos Bruxos pelas almas de todos os membros da família e dos amigos que passaram para o Plano Espiritual.

Rowena Arnehoy Seneween ®

Sabbá de Mabon

Sabbá de Mabon

Pequeno Sabá, celebrado no dia 21 de março, marca a entrada do Equinócio de Outono, onde se comemora a segunda colheita iniciada em Lammas. Mais uma vez os dias e as noites são iguais e o Deus agora é o ancião que caminha para o Outro Mundo e a Deusa alcança maturidade e sabedoria. As folhas começam a cair e o Sol a minguar rapidamente. A natureza declina e se prepara para a chegada do inverno.

Conhecido também como: Alban Elfed, Alban Elued ou a Luz de Outono, é o oposto de Ostara, onde a vegetação e a luz solar diminuem e o mistério da vida e da morte se fazem presentes novamente. Este é o Sabá do equilíbrio, da gratidão e do tempo de se fazer uma avaliação de tudo que foi plantado e colhido.

Este festival homenageia o Deus galês Mabon, representando a colheita dos frutos, a despedida do verão e a prepração para o inverno. No panteão celta, Mabon, também é conhecido como Angus, o Deus do Amor.

Época ideal para se fazer banimentos, pedir harmonia no amor e proteção às pessoas que amamos. Aproveite a energia deste Sabá para caminhar em um bosque e colher sementes e folhas secas, refletindo sobre a colheita recebida.

Lembre-se também daqueles que estão doentes e das pessoas mais velhas, que precisam da nossa ajuda e de conforto, dirija-lhes palavras de amor, carinho e gratidão.

Enfeite seu altar com os grãos e sementes que sobraram da primeira colheita, milho, maçãs, abóboras e outros frutos do outono. E, agradeça mais uma vez à nossa Grande Mãe Terra, pelas bênçãos recebidas. Que assim seja!

Correlações:

- Arquétipos: colheita do vinho e cornucópia da prosperidade.
- Símbolos: velas laranja e marrom, grãos de milho e folhas secas.
- Incensos: benjoim, lavanda ou sálvia.
- Alimentos: sidra, vinho, pães e queijos.

Folhas do Outono

Num tempo não muito distante,
A vida segue as mansões da Lua,
A dança cósmica da natureza.
Realinha seu eixo energético
E cresce um pouco a cada dia.
A Roda do Ano completa seu ciclo
Nesta segunda colheita,
Girando sem parar, na sua infinita jornada.
Na linha do tempo não existem tradições
E nem contradições...
Existe, apenas o principio maior da criação,
O equilíbrio da unidade dentro de nós.

Primeiro dia do outono (Equinócio do Outono).
Em 2009, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 20/Mar às 08h44min (Horário de Brasília).
O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotiza e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).

Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.


Ritual do Sabbat Mabon

Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.

Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.

Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo: COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga: OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o sul e diga: OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o oeste e diga: OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga: OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga: AR, FOGO, ÁGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERÃO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!

Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.

Rowena Arnehoy Seneween ®