quarta-feira, 3 de junho de 2009

Bruxaria


Bruxaria

Atualmente, um número cada vez maior de estudiosos dedica-se às Tradições da Magia e Feitiçaria, não se sabe ao certo quando teria surgido a Bruxaria; contudo há provas instigantes que indicam que pode ter se originado na aurora da humanidade, aproximadamente no final do período paleolítico, quando o Homem de Neandertal cedeu o lugar ao Homo sapiens.

A bruxaria desde os primórdios, considerada uma religião da natureza é uma crença que antecede o cristianismo, e não se opõe em momento algum aos ensinamentos de Jesus. No entanto tornou-se uma visão lúgubre e ameaçadora no conceito da Igreja Romana na Idade Média, predominando na Europa durante séculos, trazendo para a vida do ser humano grandes conseqüências, como a morte de centenas de milhares de pessoas, o que se transformou numa verdadeira histeria religiosa.

A bruxaria com suas práticas pagãs, folclore e a crença nos poderes da magia é muito arraigada entre os europeus, a mulher representava a base fundamental da fertilidade, o corpo feminino era reverenciado como foco de força divina; doadora da vida. Por isso o Culto a Deusa-Mãe, aos mistérios da procriação e o respeito ao feminino.

No início da Idade Média, quase todas as mulheres podiam ser chamadas de bruxas, já que qualquer mulher sabia mais sobre superstições e encantamentos do que uma centena de homens. Até o século 15, os "Feitiços e Encantamentos" das mulheres foram, virtualmente, o único depositário de prática médica. As mulheres da idade média conheciam o poder das ervas, dos ciclos lunares, dos ventos, das chuvas, estrelas e planetas. Estavam profundamente ligadas por um amor e agradecimento à Terra e todas as manifestações de força e poder que vinha desta. Os pagãos acreditam que a volta da ligação com a natureza é o único caminho para uma vida harmônica e equilibrada, por isso todos os Ritos sagrados da Bruxaria estão centrados na Estação do Ano e fases lunares.

Paracelso disse que as bruxas o tinham ensinado tudo o que sabia sobre cura. Em 1570 o carcereiro do Castelo de Canterbury libertou uma feiticeira condenada, justificando, com a opinião popular, que ela sozinha era melhor para tratar os doentes do que todos os padres e exorcistas. Feiticeiras ou Fadas?

De acordo com explicação de Joseph Campbell: "Não resta dúvida de que nas épocas mais remotas da História do Homem a força mágica e misteriosa da Fêmea era tão maravilhosa quanto o próprio Universo; e isto atribui à mulher um poder prodigioso, poder este que tem sido uma das principais preocupações da parte masculina da população — como quebrá-lo, controlá-lo e usá-lo para seus próprios fins."

As conseqüências dessa ruptura primordial na relação entre homem e mulher viriam a ter um papel nas mitologias de "diversas culturas"; em termos práticos contribuiu para o surgimento de devastadoras turbulências sociais, tal como a Grande Perseguição às Bruxas na Europa Medieval.

Tempos longínquos, mas muito marcantes... e são esses fatos que são relembrados com curiosidade pela humanidade. Tempos de proibição, a mulher deveria casar virgem, e servir ao homem sempre com a disposição que lhe fosse determinada. Era a época onde se deveria agir pela fé, ou seja, justificar toda fé.

Só não sabiam que essa fé chegaria tão longe, ao ponto de matar pessoas, seres humanos, justificando a vontade divina. O que as pessoas deveriam lembrar é da velha inquisição, onde vidas foram tomadas, até mesmo sem provar a culpa da vítima. Hoje, o principal fundamento da vida é a razão.

Mas felizmente a humanidade pôde evoluir, ter liberdade, as Antigas Religiões estão ressurgindo lentamente, mas constantes.

Surge o neo-paganismo, uma religião moderna chamada Wicca criada aproximadamente em 1940 pelo grande ocultista Gerald Brousseau Gardner, fundamentada na Alta Magia Cerimonial, na Thelema e no raciocínio segundo a obra 777 de Alesteir Crowley. Ela tomou o nome de uma divindade céltica chamada Cernunnos, representado por um homem com cabeça humana e chifres e pernas de cabra ou cervo, um ser meio homem meio animal, simbolizava o Deus primordial de toda criação, Absoluto. Após isto, Doris Valiente juntamente com Gardner reescreve o Book of Shadows de uma maneira mais paganizada e em seguida introduz o conceito da Deusa-Mãe, criando algo novo na Wicca. Com isso, Cernunnos não era mais absoluto, nem primordial, mas a contraparte da Deusa, que também foi tomado o nome de outra deidade céltica.

Queremos esclarecer para as pessoas que desconhecem, que a Wicca não é Céltica, até mesmo a Wicca dita céltica, não é Antiga Religião Celta, nem representante da cultura e povo Celta. Apesar de conter alguns elementos celtas, a Wicca tem sua origem na Thelema e os ritos fundamentados na Alta Magia Cerimonial.

O povo Celta, ao chegar na Europa, trouxe suas crenças, que ao se misturarem às crenças da população local, deram início a outras práticas.

A religião dos Celtas (existentes em algumas partes do mundo) era e ainda é o Druidismo, uma religião politeísta, e seus ritos eram sempre realizados ao ar livre. Para eles, este contato com a natureza permitia uma maior aproximação com os deuses e divindades. As principais eram: a Grande Deusa Mãe e o Deus Cornífero, chamados de Ceridwen e Cernunos, respectivamente. A Grande Deusa Mãe é a natureza em todas as suas manifestações, a fecundação e a criação, mãe do Deus Cornífero que representa a fertilização.

Os druidas cultuavam agricultura, a cura com ervas e a caça. Realizavam festas ritualísticas em homenagem às divindades, e iniciavam as pessoas na arte da Magia que era ensinada oralmente. Apesar da classe sacerdotal ser dividida entre homens e mulheres, a sociedade era matriarcal. As druidesas eram divididas em classes: a primeira vivia enclausurada. As outras classes podiam se casar e participavam de rituais sagrados.

O tempo foi passando e os deuses ficaram apenas na história representados por estátuas encontradas em diversas partes do mundo, como a do Deus Cornífero achada na Suécia. Agora com a chegada do século XXI, todos estes conceitos estão retornando e ressurge em todo mundo as crenças e o poder da magia dos antigos celtas. A bruxaria é a antiga religião dos povos da Europa, que após quase 2000 anos de exclusão e desaparecimento vem ressurgindo.

Segundo pesquisadores, todos os tipos de bruxaria são derivados do Xamanismo primitivo. "Os rituais de bruxaria tem a sua origem perdida no tempo, desde os Tempos Celtas, diga-se de passagem, Belos Tempos, onde a natureza era o princípio de tudo, onde a fé era profunda, onde a mente humana tinha um poder incalculável, pois o ser humano sabia como fazer bom uso do que lhe era proporcionado."

Quatro fases da Lua!


Fases da Lua

"A Lua é o Sol da noite"

A Lua sempre esteve ligada aos nossos sentimentos, a essa parte onírica que nos invade, sem que, sobre ela, tenhamos qualquer controle. As fases da Lua afetam toda vida existente no planeta, desde as marés dos oceanos até o crescimento das plantas.


A Lua Nova indica começo de um novo ciclo, o nascimento da Deusa, representado por Morgana a rainha das bruxas, é o tempo de fervilhar de novas idéias; tudo fica com o contorno de perpétuo começo, e podemos sentir que as idéias surgidas nesse período crescem à medida que a Lua vai crescendo no céu. É o mágico começo da jornada rumo ao nosso centro e uma intensa vontade de criar novos projetos. É sempre bom, nesse período, anotar num caderno o turbilhão de sentimentos que nos chegam com intensidade.

A Lua Crescente representa a face virgem da Deusa, representa Rhiannon, a Donzela. Ótima fase para levar a frente os projetos feitos na lua nova, é uma fase de crescimento, de correr atrás do que acredita e quer. É uma fase excelente para o crescimento em todos os sentidos.

A Lua Cheia representa a face Mãe da Deusa, representa Brigit, A Grande Mãe, é uma fase de energia muito forte, excelente para trabalhar intuição, para realização de feitiços, rituais de qualquer espécie. O poder da Deusa está totalizado nessa fase, é aquela que aceita ou rejeita os projetos iniciados na Lua Nova.

Seu papel é da escolha, pois nela se concentram todas as energias que possibilitam avaliar nossos desejos. Nesse período, sempre sonhamos com símbolos da fertilidade, é produtivo anotar os sonhos e meditar profundamente sobre eles. É um ótimo período para procurar aquele emprego tão desejado, para tentar vender seu trabalho, enfim é o tempo de selar nossas realizações.

A Lua Minguante representa a face Anciã da Deusa, representa Cerridwen, indica o ciclo completado, representa a sabedoria, é o tempo da desintegração de algumas idéias antigas; o movimento aqui é de introspecção e recolhimento. É também o período pré-menstrual em várias mulheres.

Nesse período estamos mais pacientes e nossos atos não são mais tão impulsivos. Não é uma fase para se fazer feitiços relacionados a começos, ou eles minguarão junto com a lua, é um período para se preparar para começar tudo de novo, porém com mais sabedoria.. É tempo de reflexão...