segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sabbá de Mabon

Sabbá de Mabon

Pequeno Sabá, celebrado no dia 21 de março, marca a entrada do Equinócio de Outono, onde se comemora a segunda colheita iniciada em Lammas. Mais uma vez os dias e as noites são iguais e o Deus agora é o ancião que caminha para o Outro Mundo e a Deusa alcança maturidade e sabedoria. As folhas começam a cair e o Sol a minguar rapidamente. A natureza declina e se prepara para a chegada do inverno.

Conhecido também como: Alban Elfed, Alban Elued ou a Luz de Outono, é o oposto de Ostara, onde a vegetação e a luz solar diminuem e o mistério da vida e da morte se fazem presentes novamente. Este é o Sabá do equilíbrio, da gratidão e do tempo de se fazer uma avaliação de tudo que foi plantado e colhido.

Este festival homenageia o Deus galês Mabon, representando a colheita dos frutos, a despedida do verão e a prepração para o inverno. No panteão celta, Mabon, também é conhecido como Angus, o Deus do Amor.

Época ideal para se fazer banimentos, pedir harmonia no amor e proteção às pessoas que amamos. Aproveite a energia deste Sabá para caminhar em um bosque e colher sementes e folhas secas, refletindo sobre a colheita recebida.

Lembre-se também daqueles que estão doentes e das pessoas mais velhas, que precisam da nossa ajuda e de conforto, dirija-lhes palavras de amor, carinho e gratidão.

Enfeite seu altar com os grãos e sementes que sobraram da primeira colheita, milho, maçãs, abóboras e outros frutos do outono. E, agradeça mais uma vez à nossa Grande Mãe Terra, pelas bênçãos recebidas. Que assim seja!

Correlações:

- Arquétipos: colheita do vinho e cornucópia da prosperidade.
- Símbolos: velas laranja e marrom, grãos de milho e folhas secas.
- Incensos: benjoim, lavanda ou sálvia.
- Alimentos: sidra, vinho, pães e queijos.

Folhas do Outono

Num tempo não muito distante,
A vida segue as mansões da Lua,
A dança cósmica da natureza.
Realinha seu eixo energético
E cresce um pouco a cada dia.
A Roda do Ano completa seu ciclo
Nesta segunda colheita,
Girando sem parar, na sua infinita jornada.
Na linha do tempo não existem tradições
E nem contradições...
Existe, apenas o principio maior da criação,
O equilíbrio da unidade dentro de nós.

Primeiro dia do outono (Equinócio do Outono).
Em 2009, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 20/Mar às 08h44min (Horário de Brasília).
O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotiza e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).

Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.


Ritual do Sabbat Mabon

Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.

Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.

Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo: COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga: OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o sul e diga: OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o oeste e diga: OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga: OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga: AR, FOGO, ÁGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERÃO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!

Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.

Rowena Arnehoy Seneween ®

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